O aumento de 1,5% na alíquota modal do ICMS que foi aprovado pela Assembleia Legislativa da Bahia em novembro de 2023 causou o reajuste no preço do gás de cozinha e do combustível a partir de quinta-feira (1). A gasolina aumenta: R$ 1,3721 por litro, diesel: R$ 1,0635 por litro, gás de cozinha: R$ 18,38 por botijão de 13kg.

"Muito ruim, está complicado demais, trabalhamos só para o posto agora. Hoje já subiu tudo, abasteci pela manhã e paguei R$5,20 no litro e pela tarde já está em R$5,99. Não tem condições nenhuma", reclama o motorista por aplicativo, Reginaldo Pereira.

Já a comerciante de alimentos, Lene Oliveira, reclama do reajuste do gás de cozinha e se preocupa com a diminuição das vendas de lanches por conta da elevação dos preços. "Uso um botijão por mês para fazer os sanduíches. O reajuste vai impactar nos valores dos produtos, pois o preço que já estava alto, com um novo aumento, não temos como manter o mesmo preço dos lanches. Entretanto, fica difícil para a clientela, os estudantes que compram, acaba que deixamos de vender, porque eles não vão querer comprar com reajuste", lamenta.

Gerente em um posto de combustível, Rodrigo Silva, diz que muitos condutores correram para abastecer os veículos antes do reajuste. "Toda vez que tem um reajuste desse, como teve agora, sempre a tendência é cair as vendas. O pessoal que geralmente abastece R$ 100,00, R$ 150,00, fica segurando, passa a colocar, R$20,00/30,00, com esperança que volte a baixar. Os motoristas correram para completar o tanque antes do aumento", conta. "As vendas estão razoáveis porque o reajuste ainda não foi repassado, então antes do aumento as pessoas ainda continuam fazendo pedidos", diz Carlos Oliveira, entregador de uma distribuidora de gás.

O presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia, Roberto Souza, disse que recebeu a notícia do aumento do ICMS com surpresa e publicou nas redes sociais. "Mais um reajuste, dessa vez do ICMS, que traz impacto muito grande para o consumidor. Pesa no bolso do consumidor mais uma vez".

O aumento foi deliberado pelo Comitê Nacional de Secretários de Estado da Fazenda (Comsefaz) em outubro de 2023. Segundo o Comitê, o aumento se justifica pela inflação no período. O principal impacto é sobre o diesel, que também traz reflexos sobre o preço de tudo que é transportado pelas rodovias do país, como os alimentos, por exemplo.