Feirenses denunciam precarização da saúde no município
Entre reclamações está falta de material para curativo, medicamentos e até profissionais
A população de Feira de Santana, frequentemente, denúncia a precarização de policlínicas no município. Entre as principais reclamações está falta de material para curativo, medicamentos e até profissionais, principalmente, nas Policlínicas dos bairros, Feira X e Tomba.
"Estou com documento para realização de tomografia, do pescoço, do abdômen e face, de um paciente oncológico, e desde o dia 24 de outubro de 2022, que eu dei entrada. Eu telefono, já fui lá várias vezes, mas eles alegam que não tem o contraste, necessário para realização do procedimento. As funcionárias relataram que a situação é por tempo indeterminado, sem previsão para ter", protesta Cristina Ferreira, diretamente da policlínica do Feira X.
O vereador Sílvio Dias (PT) diz que, infelizmente, este é o retrato da Saúde, em Feira de Santana. Segundo ele, tem observado Postos de Saúde sem a menor condição de funcionamento físico, material e humano. "Sobre a estrutura física, toda vez que chove, chegam vídeos, mostrando as condições precárias dos locais. Já do ponto de vista de medicamentos e materiais, é outro grande problema. Falta esparadrapo, gazes, remédios. Muitos pacientes acabam agravando o estado de saúde com patologias facilmente controláveis. Como por exemplo, aqueles que têm hipertensão arterial, que por falta de medicação, acabam agravando e indo até para um acidente vascular cerebral (AVC). Pessoas com diabetes também, que poderiam controlar através da medicação, não controlam e acabam sofrendo amputações. E no quesito humano, cotidianamente, recebemos denúncias de trabalhadores que estão sem receber salários, entre médicos, enfermeiros e demais servidores. Eu como Presidente da Fundação de Saúde da Câmara de Vereadores, tenho buscado efetivamente colaborar no sentido de investigar e propor ações para melhorar esse problema em Feira de Santana".
Com representantes do Conselho Municipal de Saúde, o vereador diz que vai discutir, de uma forma geral, a saúde do município e realizar uma audiência pública para debater a assistência básica na cidade. "Esta reunião, especificamente, será em seu gabinete. Eu como presidente da Comissão, junto a outros membros que atuam na área, aqui em Feira de Santana, principalmente, os membros do Conselho, onde discutiremos a situação e vamos propor uma audiência Pública. Não é aceitável que o município com mais de 600 mil habitantes tenha uma saúde tão precária. Não é admissível que tenhamos aqui, pessoas morrendo e, sendo, muitas delas, reguladas para o Hospital Geral Clériston Andrade, sem necessidade. É preciso ter as mínimas condições nos Postos de Saúde de assistência básica no município", defende.
A Secretaria Municipal de Saúde não se manifestou sobre a situação.
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