Feirenses denunciam precarização da saúde no município

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Feirenses denunciam precarização da saúde no município

Entre reclamações está falta de material para curativo, medicamentos e até profissionais 

Crédito: Mário Sepúlveda/FE

A população de Feira de Santana, frequentemente, denúncia a precarização de policlínicas no município. Entre as principais reclamações está falta de material para curativo, medicamentos e até profissionais, principalmente, nas Policlínicas dos bairros, Feira X e Tomba.

Nilton Santana, paciente de da Policlínica do Feira X, diz que precisou comprar material para realização de um procedimento médico, em uma farmácia. "Comprei em uma farmácia da Avenida Senhor dos Passos e custou R$ 75 porque não tinha. Não tem o material, e quem precisa tem que comprar para ser atendido", conta o idoso.

"Estou com documento para realização de tomografia, do pescoço, do abdômen e face, de um paciente oncológico, e desde o dia 24 de outubro de 2022, que eu dei entrada. Eu telefono, já fui lá várias vezes, mas eles alegam que não tem o contraste, necessário para realização do procedimento. As funcionárias relataram que a situação é por tempo indeterminado, sem previsão para ter", protesta Cristina Ferreira, diretamente da policlínica do Feira X.

O vereador Sílvio Dias (PT) diz que, infelizmente, este é o retrato da Saúde, em Feira de Santana. Segundo ele, tem observado Postos de Saúde sem a menor condição de funcionamento físico, material e humano. "Sobre a estrutura física, toda vez que chove, chegam vídeos, mostrando as condições precárias dos locais. Já do ponto de vista de medicamentos e materiais, é outro grande problema. Falta esparadrapo, gazes, remédios. Muitos pacientes acabam agravando o estado de saúde com patologias facilmente controláveis. Como por exemplo, aqueles que têm hipertensão arterial, que por falta de medicação, acabam agravando e indo até para um acidente vascular cerebral (AVC). Pessoas com diabetes também, que poderiam controlar através da medicação, não controlam e acabam sofrendo amputações. E no quesito humano, cotidianamente, recebemos denúncias de trabalhadores que estão sem receber salários, entre médicos, enfermeiros e demais servidores. Eu como Presidente da Fundação de Saúde da Câmara de Vereadores, tenho buscado efetivamente colaborar no sentido de investigar e propor ações para melhorar esse problema em Feira de Santana".

Com representantes do Conselho Municipal de Saúde, o vereador diz que vai discutir, de uma forma geral, a saúde do município e realizar uma audiência pública para debater a assistência básica na cidade. "Esta reunião, especificamente, será em seu gabinete. Eu como presidente da Comissão, junto a outros membros que atuam na área, aqui em Feira de Santana, principalmente, os membros do Conselho, onde discutiremos a situação e vamos propor uma audiência Pública. Não é aceitável que o município com mais de 600 mil habitantes tenha uma saúde tão precária. Não é admissível que tenhamos aqui, pessoas morrendo e, sendo, muitas delas, reguladas para o Hospital Geral Clériston Andrade, sem necessidade. É preciso ter as mínimas condições nos Postos de Saúde de assistência básica no município", defende.

A Secretaria Municipal de Saúde não se manifestou sobre a situação.
 

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Sexta, 22 Novembro 2024

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