Feirantes da Marechal divulgam nova carta à sociedade feirense
É o terceiro documento do grupo
Nesta terça-feira (23), feirantes que trabalham na Feira da Marechal lançaram uma nova Carta Aberta à Sociedade Feirense, tendo em vista que o prazo para retirada destes trabalhadores do local pela Prefeitura, estabelecido através do Decreto nº 12.416, de 10/11/2021, venceu no domingo (21) gerando uma situação de risco iminente de despejo.
Em reunião realizada no dia 16 de novembro com o prefeito Colbert Martins, este se comprometeu com a suspensão do decreto, mas isso não ocorreu até o presente momento. Com o descumprimento do que fora acordado em reunião com representantes do Poder Executivo, o movimento "A Feira da Marechal Fica" mais uma vez pede respeito e acolhimento de suas demandas.
Confira a seguir a íntegra da Carta Aberta
Terceira Carta da Feira da Marechal à Sociedade Feirense
Fizemos uma vigília em frente à Prefeitura de Feira de Santana entre a noite da segunda-feira (15) e a manhã da terça-feira (16) da semana passada, momento em que finalmente o prefeito Colbert Martins Filho recebeu o movimento A Feira da Marechal é Patrimônio para uma conversa. Pela primeira vez, o governo municipal abriu um processo de negociação conosco após quase um ano de luta. Isso depois de sete pedidos formais de reunião, várias manifestações de rua, inúmeras entrevistas na mídia, realização de audiência pública na Câmara Municipal e denúncias sobre o caso encaminhadas através da Comissão de Reparação e Direitos Humanos para diversas instituições voltadas à garantia de direitos na Bahia e Brasil.
Reafirmamos, nessa primeira reunião, o desejo de que a requalificação da rua Marechal Deodoro seja junto com a permanência organizada da Feira. Também explicamos que as "opções" apresentadas pelo governo, o Pau da Miséria ou feiras de bairro, não oferecem segurança, infraestrutura ou viabilidade econômica. Mais que isso, mostramos que temos um projeto técnico alternativo. Embora o prefeito tenha reconhecido que ir para as feiras de bairro ou Centro de Abastecimento não seja solução, o mesmo afirmou que nosso projeto é "inviável". Então, solicitamos que seja mostrada a avaliação técnica disso por escrito. Após falarmos de exemplos de feiras organizadas no centro urbano de Salvador, o prefeito viabilizou a ida de uma comissão com feirantes, nossa assessoria técnica e representação da Prefeitura para conhecer as experiências na rua Joana Angélica e na Avenida 7 de Setembro. Depois disso, o combinado seria uma nova reunião na última sexta-feira (19) para seguir com as discussões e chegarmos a um entendimento que permita a permanência organizada da Feira da Marechal.
Recebemos com tristeza a notícia que o prefeito, alegando impossibilidade de comparecer em função de uma viagem, não poderia se reunir conosco na sexta como sinalizado. Além disso, mesmo após nossos pedidos e o indicado na conversa com o prefeito, o decreto municipal que definiu o último domingo (21) como o prazo para a nossa expulsão da rua Marechal Deodoro não foi suspenso pelo governo. Essa situação, até pela permanente ameaça que representa, na nossa avaliação não é correta e dificulta o desenvolvimento do processo de negociação. Na manhã desta segunda-feira (22), para mostrar a nossa disposição de luta, fizemos uma nova manifestação de alerta reivindicando duas coisas simples: a imediata suspensão do decreto e a retomada das reuniões de negociação!
Reforçamos a nossa abertura de sempre para o diálogo, mas também a certeza de que a Feira da Marechal pode permanecer e conviver com a requalificação do centro da cidade. Temos contado com o apoio de instituições como Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico (IBDU), da União Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Camelôs, Feirantes e Ambulantes do Brasil (UNICAB) e também da Arquidiocese de Feira de Santana por meio do Vicariato para Ação Social. Convidamos todo o povo feirense a também apoiar a permanência organizada da Feira da Marechal, garantia de sustento para centenas de famílias e um patrimônio cultural a ser preservado e valorizado!
Em reunião realizada no dia 16 de novembro com o prefeito Colbert Martins, este se comprometeu com a suspensão do decreto, mas isso não ocorreu até o presente momento. Com o descumprimento do que fora acordado em reunião com representantes do Poder Executivo, o movimento "A Feira da Marechal Fica" mais uma vez pede respeito e acolhimento de suas demandas.
Confira a seguir a íntegra da Carta Aberta
Terceira Carta da Feira da Marechal à Sociedade Feirense
Fizemos uma vigília em frente à Prefeitura de Feira de Santana entre a noite da segunda-feira (15) e a manhã da terça-feira (16) da semana passada, momento em que finalmente o prefeito Colbert Martins Filho recebeu o movimento A Feira da Marechal é Patrimônio para uma conversa. Pela primeira vez, o governo municipal abriu um processo de negociação conosco após quase um ano de luta. Isso depois de sete pedidos formais de reunião, várias manifestações de rua, inúmeras entrevistas na mídia, realização de audiência pública na Câmara Municipal e denúncias sobre o caso encaminhadas através da Comissão de Reparação e Direitos Humanos para diversas instituições voltadas à garantia de direitos na Bahia e Brasil.
Reafirmamos, nessa primeira reunião, o desejo de que a requalificação da rua Marechal Deodoro seja junto com a permanência organizada da Feira. Também explicamos que as "opções" apresentadas pelo governo, o Pau da Miséria ou feiras de bairro, não oferecem segurança, infraestrutura ou viabilidade econômica. Mais que isso, mostramos que temos um projeto técnico alternativo. Embora o prefeito tenha reconhecido que ir para as feiras de bairro ou Centro de Abastecimento não seja solução, o mesmo afirmou que nosso projeto é "inviável". Então, solicitamos que seja mostrada a avaliação técnica disso por escrito. Após falarmos de exemplos de feiras organizadas no centro urbano de Salvador, o prefeito viabilizou a ida de uma comissão com feirantes, nossa assessoria técnica e representação da Prefeitura para conhecer as experiências na rua Joana Angélica e na Avenida 7 de Setembro. Depois disso, o combinado seria uma nova reunião na última sexta-feira (19) para seguir com as discussões e chegarmos a um entendimento que permita a permanência organizada da Feira da Marechal.
Recebemos com tristeza a notícia que o prefeito, alegando impossibilidade de comparecer em função de uma viagem, não poderia se reunir conosco na sexta como sinalizado. Além disso, mesmo após nossos pedidos e o indicado na conversa com o prefeito, o decreto municipal que definiu o último domingo (21) como o prazo para a nossa expulsão da rua Marechal Deodoro não foi suspenso pelo governo. Essa situação, até pela permanente ameaça que representa, na nossa avaliação não é correta e dificulta o desenvolvimento do processo de negociação. Na manhã desta segunda-feira (22), para mostrar a nossa disposição de luta, fizemos uma nova manifestação de alerta reivindicando duas coisas simples: a imediata suspensão do decreto e a retomada das reuniões de negociação!
Reforçamos a nossa abertura de sempre para o diálogo, mas também a certeza de que a Feira da Marechal pode permanecer e conviver com a requalificação do centro da cidade. Temos contado com o apoio de instituições como Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico (IBDU), da União Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Camelôs, Feirantes e Ambulantes do Brasil (UNICAB) e também da Arquidiocese de Feira de Santana por meio do Vicariato para Ação Social. Convidamos todo o povo feirense a também apoiar a permanência organizada da Feira da Marechal, garantia de sustento para centenas de famílias e um patrimônio cultural a ser preservado e valorizado!
Comentários: 1
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Teimosia, teimosia e teimosia desses feirantes da Marechal , a ordem é sair e teimam em ficar.