Expositores mantém boas expectativas de negócios durante evento da agroindústria em Feira de Santana

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Expositores mantém boas expectativas de negócios durante evento da agroindústria em Feira de Santana

No local, uma grande variedade de produtos é apresentada, como queijos, iogurtes, geleias, doces artesanais, dentre outros produtos

Foto: Mário Sepulveda/ FE

Nesta quinta-feira (13), diversas oficinas, palestras, painéis de discussão e balcões de negócios são realizados do salão de negócios durante a MOVE – Agroindústria Familiar da Bahia. A abertura do evento ocorreu, na noite de quarta-feira (12), no Centro de Convenções, com a participação do governador Jerônimo Rodrigues. No local, uma grande variedade de produtos é apresentada pelos expositores, como queijos, iogurtes e outros derivados do leite, geleias e doces artesanais, mel, bebidas, conservas e diversos tipos de biscoitos, além de alimentos feitos a partir do beneficiamento da mandioca.

De acordo com Ivan Leite, coordenador do evento, participam dos treinamentos 400 dirigentes de associações e cooperativas, com suas equipes técnicas.

"Hoje estamos no segundo dia do MOVE, que é um evento no qual convocamos 400 agroindústrias do estado da Bahia, para um momento de formação, troca de saberes, e acesso a tecnologias e serviços. Nós temos aqui hoje 400 dirigentes de associações e cooperativas que possuem agroindústrias e também as suas equipes técnicas, então temos aqui cerca de 900 pessoas desse setor, além de representantes de várias instituições de apoio. Estamos divididos em 11 salas entre hoje e amanhã, com temas relacionados ao apoio e desenvolvimento às agroindústrias", explicou.

Ana Paula Lopes, colaboradora no Conselho Gestor do Fundo Rotativo (Cogefur), explicou a participação da entidade no evento. Segundo ela, o conselho atua em parceria com a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e o Banco Mundial para fomentar os pequenos produtores, consolidando linhas de crédito para capital de giro.

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Foto: Mário Sepulveda/ FE

"A gente apoia no sentido de ser fundo garantidor, porque quando uma cooperativa procura uma instituição financeira para tomar um crédito de capital de giro, a instituição pede uma garantia real e as cooperativas não têm. Então a CAR, sabiamente, pensou neste projeto em que o Cogefur atue como um fundo garantidor. E hoje estamos aqui para fazer o network. O que queremos agora é abrir o leque e alcançar mais cooperativas. Das 420 existentes, já conseguimos alcançar 30, com zero inadimplência. Então, estamos vindo aqui para encontrar essas pessoas, agentes de negócios", informou.

Foto: Mário Sepulveda/ FE

De acordo com Ana Paula Lopes, essa facilitação de acesso ao crédito beneficia tanto as cooperativas, quanto os pequenos agricultores.

"Quando uma cooperativa de produção precisa melhorar sua produção e dinamizar sua comercialização, ela precisa fazer compras diretas com os cooperados, que precisam ser pagos. Muitas vezes, essa cooperativa não tem capital de giro para fazer esses pagamentos. Nesta relação com o Cogefur, as cooperativas conseguem fidelizar com os cooperados, pagando em dias, e isso dinamiza a produção. Dessa forma os agricultores também saem ganhando, conseguem gerar renda e vêem o produto que sai da roça deles, por exemplo o umbu, em grandes prateleiras e vitrines. É uma satisfação enorme ver um produto in natura ser embalado de uma forma bonita, com rótulo, e sendo comercializado para pessoas de todos os cantos do Brasil. Isso gera impacto e autoestima para o agricultor", ressaltou.

Ariadne Tito da Conceição Santos, da Associação Agrícola dos Trabalhadores Rurais de Baixa de Areia, do município de Rafael Jambeiro, elogiou a organização do MOVE. "Esse evento é muito bom para os agricultores e sempre estou participando."

Foto: Mário Sepulveda/ FE

Marinalva Francisca dos Santos, que faz parte de uma associação no Povoado do Mandacaru, expôs broas e bolachas no evento, que foram produzidas na padaria comunitária da localidade. "Estou aqui com broas molhadas, bolachas, que são muito vendidos e bem vendidos, são feitos pelas mulheres da padaria comunitária. Aqui estamos todos juntos, pensando na melhor maneira de estarmos apresentando um produto com qualidade." 

Foto: Mário Sepulveda/ FE

Claudio Stein, sócio de uma indústria com foco em equipamentos de linha alimentícia mantém boas expectativas de negócios.

Foto: Mário Sepulveda/ FE

"Temos equipamentos para produção de iogurtes, doces, queijos, requeijões, então a gente consegue atender aí algumas linhas de produção alimentícia. Atendemos desde o pequeno até o de alta produção. Nosso objetivo é que os pequenos produtores saiam de uma produção caseira, para industrial de pequeno porte. A gente tem uma movimentação além da Bahia, atuamos no Brasil todo. É uma empresa que já tem um tempo de fundação e experiência nesta área. Estamos com bastante expectativa, contatos e conversas, então creio que teremos resultados bem positivos", afirmou.

Foto: Mário Sepulveda/ FE

Leonardo Brito, da cidade de Manoel Vitorino, veio representando a Uniagro, cooperativa de produtores de caprinos e ovinos do Médio Rio das Contas. Ele trouxe cortes de cordeiros e garantiu sua participação nas palestras voltadas ao setor.

Ricardo Tuacha, coordenador do Cetaf, da cidade de Jequié, no Médio Rio de Contas, destacou que eventos como o MOVE sempre acontecem em diversas cidades nos 27 territórios de identidade, com o objetivo de capacitar os pequenos produtores e melhorar a lucratividade.

"Estamos acompanhando aqui o pessoal da agroindústria, o pessoal do território do Médio Rio de Contas, formado por 16 cidades, que tem em torno de 9 a 10 agroindústrias que foram beneficiadas com editais do governo do estado. Nossa equipe está aqui para acompanhar as palestras, que vem incentivar e capacitar mais esses profissionais que foram contratados. É o território Médio Rio das Contas, de Jequié, que a gente sabe que a Bahia é dividida em 27 territórios de identidade, algo que foi implementado pelo governo de Rui Costa, e estamos com 80 a 90 pessoas dessas 16 cidades. Nós temos várias cadeias de produção lá, como o beneficiamento da mandioca, produção de umbu, que é muito exportado também, tem a produção do leite, mel, então são vários segmentos."

 

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Sexta, 14 Março 2025

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