Especialista alerta para situação do solo feirense e fenômeno da desertificação
O prefeito Colbert Martins diz que a questão climática transcende a todas essas discussões.
Na manhã desta terça-feira (14), no teatro da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Feira de Santana, aconteceu uma palestra sobre os impactos da desertificação, fenômeno que tem afetado severamente diversas regiões do país, com o professor Humberto Barbosa, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), especialista nacional no assunto, cujo foco da pesquisa é o município de Feira de Santana. A iniciativa fez parte de uma parceria entre a Prefeitura Municipal e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).
O prefeito Colbert Martins diz que a questão climática transcende a todas essas discussões.
"A discussão da desertificação não é uma questão apenas de um empobrecimento do solo, mas de uma transição climatológica que nos leva a sair de uma cidade do semiárido para o árido e na sequência para a desertificação. Portanto, é uma questão de clima, não é uma questão do solo especificamente. É consequência disso aí. A Prefeitura trouxe o Doutor Humberto, que é uma pessoa extremamente capaz e competente para termos ideia do tamanho das mudanças que estão acontecendo. No Rio Grande do Sul, há excesso de chuva. Aqui no Nordeste e no interior da Bahia, há desertificação. Quais são as maneiras que nós temos que conviver com isso? São várias maneiras. Não é uma questão apenas de empobrecimento específico do solo nem da forma que nós temos de fazer o seu cultivo", defende.
Empréstimo para Plano de Drenagem
O gestor diz ainda que há um ano e meio está pedindo à Câmara de Vereadores um recurso para executar um plano de drenagem urbana.
"A Presidente da Câmara há um ano que não pauta essa matéria, não deixa que a gente possa fazer a drenagem. A drenagem vai resolver o problema? Não, mas a drenagem vai diminuir as consequências desse problema. E o que nós vamos ter também que modificar agora são autorizações de trabalho e de funcionamento, porque nós sabemos da importância do progresso, sabemos da importância da industrialização, mas é importante também entender que cada vez mais nós vamos ter áreas de absorção que a gente acaba não tendo e retirando. Esses projetos como Minha Casa Minha Vida, por exemplo, não observam em momento nenhum essas questões de permeabilização. Enfim, o que nós temos fazer que nesse momento é mudar a nossa forma de trabalhar, a nossa forma de autorizar novas construções e mesmo assim nós temos que acompanhar muito fortemente essa questão da drenagem urbana que provoca tantos alagamentos", reclama.
Quanto a essa questão da especulação imobiliária, a condição de conciliar os avanços dos conjuntos residenciais, o desmatamento e a impermeabilização do solo, Colbert salienta que o município vive um avanço muito grande na zona rural de loteamentos.
O prefeito Colbert Martins diz que a questão climática transcende a todas essas discussões.
"A discussão da desertificação não é uma questão apenas de um empobrecimento do solo, mas de uma transição climatológica que nos leva a sair de uma cidade do semiárido para o árido e na sequência para a desertificação. Portanto, é uma questão de clima, não é uma questão do solo especificamente. É consequência disso aí. A Prefeitura trouxe o Doutor Humberto, que é uma pessoa extremamente capaz e competente para termos ideia do tamanho das mudanças que estão acontecendo. No Rio Grande do Sul, há excesso de chuva. Aqui no Nordeste e no interior da Bahia, há desertificação. Quais são as maneiras que nós temos que conviver com isso? São várias maneiras. Não é uma questão apenas de empobrecimento específico do solo nem da forma que nós temos de fazer o seu cultivo", defende.
Empréstimo para Plano de Drenagem
O gestor diz ainda que há um ano e meio está pedindo à Câmara de Vereadores um recurso para executar um plano de drenagem urbana.
"A Presidente da Câmara há um ano que não pauta essa matéria, não deixa que a gente possa fazer a drenagem. A drenagem vai resolver o problema? Não, mas a drenagem vai diminuir as consequências desse problema. E o que nós vamos ter também que modificar agora são autorizações de trabalho e de funcionamento, porque nós sabemos da importância do progresso, sabemos da importância da industrialização, mas é importante também entender que cada vez mais nós vamos ter áreas de absorção que a gente acaba não tendo e retirando. Esses projetos como Minha Casa Minha Vida, por exemplo, não observam em momento nenhum essas questões de permeabilização. Enfim, o que nós temos fazer que nesse momento é mudar a nossa forma de trabalhar, a nossa forma de autorizar novas construções e mesmo assim nós temos que acompanhar muito fortemente essa questão da drenagem urbana que provoca tantos alagamentos", reclama.
Quanto a essa questão da especulação imobiliária, a condição de conciliar os avanços dos conjuntos residenciais, o desmatamento e a impermeabilização do solo, Colbert salienta que o município vive um avanço muito grande na zona rural de loteamentos.
"Loteamentos estão sendo feitos sem as devidas condições, até porque as pessoas acabam vendendo esses lotes sem nenhum tipo de infraestrutura. E eu estou falando de pessoas que são da zona rural. Quer dizer, até a própria consciência que deveria presidir, não se preside. Então o que nós vamos ter nesse momento são regras muito mais firmes, muito mais rígidas, para que nós possamos ter menos impermeabilização. No crescimento das cidades, a impermeabilização é algo necessário. No entanto, para poder impermeabilizar você tem que drenar para o momento e para o local mais adequado. Nós não estamos fazendo essa drenagem. Feira de Santana precisa de mais de um bilhão de reais para drenagem. Eu estou pedindo 165 milhões e há um ano que a Câmara não aprova um projeto que visa diminuir a quantidade de enchentes em Feira de Santana", conta.
O palestrante, professor Humberto Barbosa, explica que o mais importante é que as autoridades públicas, principalmente os prefeitos, estejam conscientes da necessidade de monitorar, mapear e trazer essas informações para o grande público.
"É importante a gente encontrar soluções, porque essas soluções passam muito por toda a questão da sociedade, em termos de entender. A gente tem uma área hoje do Nordeste Brasileiro com 13% desertificada e esse processo de desertificação é um processo extremamente nocivo porque não é só a área ficando mais árida ou perdendo a cobertura vegetal, mas é uma área que a gente está tirando da agricultura ou da segurança de produção de alimentos em um momento extremamente crítico. Então, se a gente tem 100% de unidades no Nordeste do Brasil, a gente está tirando 13% desses 100% que não é mais possível produzir alimentos e isso também está influenciando a atmosfera, está deixando-a mais seca e criando um ciclo vicioso onde você tem a superfície influenciando a atmosfera e a atmosfera influenciando a superfície, mantendo essa condição de aridez que tem aumentado".
O especialista alerta ainda que a desertificação não deve ser entendida apenas como um processo de se tornar deserto, porque o deserto, segundo ele, tem uma estabilidade climática, tem uma estabilidade biodiversidade e ele tem um um equilíbrio.
"A desertificação é tudo universo. Ele é um processo que nunca vai ser no deserto, porque o deserto leva anos, mas você tem uma biodiversidade, você tem animais fora, muito sútil, mas tem. Isso leva anos pra você formar, décadas, três décadas, duas décadas e acelerar por esses processos como o desmatamento, agricultura, predatória, o excesso de uso de ao extrativismo mineral, vegetal, tudo isso provoca a desertificação que é um ambiente oportunista para doenças, pragas que vão deteriorar mais ainda essa vegetação e vai tornar ela mais suscetível, suscetível ou com pragas em a incêndios universitários. Então se temos círculo vicioso que se para tornar a certificação não tem um romantismo no deserto virar deserto. É muito romântico. Mas na prática isso é muito pior do que se tornar um desenho. Professor. Com relação a agricultura. Existe a possibilidade de uma adaptação né com relação a tudo que vem acontecendo aí obviamente o que a Embrapa já coloca isso dava semiárido, dá pra ser rádio, dá para existem vários ah braços da Embrapa que trabalham disso e o que que eles colocam nos últimos tempos com pesquisa, é a agricultura de baixo carbono, a agricultura que tem que ser menos mecanizada".
Previsões de Especialistas
De acordo com Barbosa, desde os anos 70/80, principalmente os países desenvolvidos em algumas áreas estratégicas, estão falando sobre a emissão de gases e o efeito estufa e a guerra ideológica com negacionistas sobre efeitos climáticos.
"O dióxido de carbono é um subproduto do uso desse carro, das indústrias, foi uma opção nossa de produção de energia utilizando os combustíveis fósseis. Nos anos setenta a gente falava isso, olha, vai chegar no fim do século vinte e um, que quer falar nos séculos vinte mesmo, esse clima vai mudar, vai ter altas temperaturas, vai ter chuva. Fomos até muito a academia e os cientistas muito conservadores, as coisas estão indo numa proporção em uma taxa muito mais rápida. Na Local, minha mãe dizia ser estúdio, faça isso, faça correto isso. O meu avô tinha exemplos práticos de conservação do solo. Foi o que manteve por mais tempo produção e uma segurança do açude de pegar mais água porque ele protegeu um pouco da área ali próximo do entorno. Então, quando você fala que tem pessoas que a negligenciam ou que recusam a entender eu perguntaria pra essas pessoas se hoje no momento quantas delas abriram uma empresa de segurança de perdas, por enchentes ou empresas que tivessem ligadas diretamente a seguros de casa e de residência. Certamente, por mais negacionista que eu fosse, eu não abriria, não montaria uma empresa de seguro hoje atendendo isso, porque eu quebraria, né? Então isso não é uma questão meramente a de acreditar ou não".
O palestrante, professor Humberto Barbosa, explica que o mais importante é que as autoridades públicas, principalmente os prefeitos, estejam conscientes da necessidade de monitorar, mapear e trazer essas informações para o grande público.
"É importante a gente encontrar soluções, porque essas soluções passam muito por toda a questão da sociedade, em termos de entender. A gente tem uma área hoje do Nordeste Brasileiro com 13% desertificada e esse processo de desertificação é um processo extremamente nocivo porque não é só a área ficando mais árida ou perdendo a cobertura vegetal, mas é uma área que a gente está tirando da agricultura ou da segurança de produção de alimentos em um momento extremamente crítico. Então, se a gente tem 100% de unidades no Nordeste do Brasil, a gente está tirando 13% desses 100% que não é mais possível produzir alimentos e isso também está influenciando a atmosfera, está deixando-a mais seca e criando um ciclo vicioso onde você tem a superfície influenciando a atmosfera e a atmosfera influenciando a superfície, mantendo essa condição de aridez que tem aumentado".
O especialista alerta ainda que a desertificação não deve ser entendida apenas como um processo de se tornar deserto, porque o deserto, segundo ele, tem uma estabilidade climática, tem uma estabilidade biodiversidade e ele tem um um equilíbrio.
"A desertificação é tudo universo. Ele é um processo que nunca vai ser no deserto, porque o deserto leva anos, mas você tem uma biodiversidade, você tem animais fora, muito sútil, mas tem. Isso leva anos pra você formar, décadas, três décadas, duas décadas e acelerar por esses processos como o desmatamento, agricultura, predatória, o excesso de uso de ao extrativismo mineral, vegetal, tudo isso provoca a desertificação que é um ambiente oportunista para doenças, pragas que vão deteriorar mais ainda essa vegetação e vai tornar ela mais suscetível, suscetível ou com pragas em a incêndios universitários. Então se temos círculo vicioso que se para tornar a certificação não tem um romantismo no deserto virar deserto. É muito romântico. Mas na prática isso é muito pior do que se tornar um desenho. Professor. Com relação a agricultura. Existe a possibilidade de uma adaptação né com relação a tudo que vem acontecendo aí obviamente o que a Embrapa já coloca isso dava semiárido, dá pra ser rádio, dá para existem vários ah braços da Embrapa que trabalham disso e o que que eles colocam nos últimos tempos com pesquisa, é a agricultura de baixo carbono, a agricultura que tem que ser menos mecanizada".
Previsões de Especialistas
De acordo com Barbosa, desde os anos 70/80, principalmente os países desenvolvidos em algumas áreas estratégicas, estão falando sobre a emissão de gases e o efeito estufa e a guerra ideológica com negacionistas sobre efeitos climáticos.
"O dióxido de carbono é um subproduto do uso desse carro, das indústrias, foi uma opção nossa de produção de energia utilizando os combustíveis fósseis. Nos anos setenta a gente falava isso, olha, vai chegar no fim do século vinte e um, que quer falar nos séculos vinte mesmo, esse clima vai mudar, vai ter altas temperaturas, vai ter chuva. Fomos até muito a academia e os cientistas muito conservadores, as coisas estão indo numa proporção em uma taxa muito mais rápida. Na Local, minha mãe dizia ser estúdio, faça isso, faça correto isso. O meu avô tinha exemplos práticos de conservação do solo. Foi o que manteve por mais tempo produção e uma segurança do açude de pegar mais água porque ele protegeu um pouco da área ali próximo do entorno. Então, quando você fala que tem pessoas que a negligenciam ou que recusam a entender eu perguntaria pra essas pessoas se hoje no momento quantas delas abriram uma empresa de segurança de perdas, por enchentes ou empresas que tivessem ligadas diretamente a seguros de casa e de residência. Certamente, por mais negacionista que eu fosse, eu não abriria, não montaria uma empresa de seguro hoje atendendo isso, porque eu quebraria, né? Então isso não é uma questão meramente a de acreditar ou não".
O professor adverte que em um futuro próximo, as calamidades serão agravadas e que devemos nos ater às questões coletivas e aos dados científicos. "No futuro talvez não tenha dinheiro público para garantir os subsídios da agricultura e eles vão ter que mesmo se manter e eu acho que um cara não vai querer correr um risco desnecessário, com o dinheiro dele sendo colocado, independentemente se ele acredita que Deus existe ou não".
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