Em campanha salarial, Sindicato dos Rodoviários não descarta paralisação do transporte em Feira
A categoria se reúne hoje para discutir os próximos passos da pauta de reivindicações.
O Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana informou, nesta terça-feira (28), ao Folha do Estado, que não descarta a possibilidade de a categoria paralisar as atividades do transporte público urbano, ou até mesmo entrar em greve, por tempo indeterminado.
Segundo o vice-presidente do Sindicato, José de Souza, em entrevista ao Folha, nesta terça, às 15h, na sede da entidade, a categoria se reúne para discutir os próximos passos da campanha em prol de um novo reajuste salarial.
"Nesta reunião vamos tratar sobre a nossa campanha salarial, que nossa data base é maio. Então, nós enviamos uma pauta para o sindicato patronal e estamos discutindo. Já é a terceira ou quarta reunião com as empresas, o secretário Sérgio Carneiro, de Mobilidade Urbana, e o Sindicato dos Trabalhadores. Nós apresentamos uma proposta, mas eles não apresentaram uma contraproposta", afirmou o sindicalista.
Conforme José de Souza, a reunião desta terça irá bater o martelo sobre os rumos da pauta de reivindicações, e caso não haja uma proposta convincente, a categoria poderá entrar parar as atividades.
"Demos um prazo a eles até hoje, e se não houve uma proposta convincente, vamos ser obrigados a fazer uma paralisação em Feira de Santana. Hoje já estamos no dia 28 e estamos chegando ao nosso prazo limite, pois a gente precisa fechar nota data base até maio. Se não houver uma proposta hoje convincente que a gente possa defender em uma assembleia, infelizmente vamos ter que publicar um edital, chamar uma assembleia e fazer uma paralisação em Feira", encerrou.
De acordo com o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro, a prefeitura vem acompanhando as negociações entre o sindicato e as empresas de ônibus.
"O prefeito me determinou a acompanhar todas essas reuniões. Vai ser a quarta que vamos participar hoje. Há um valor incontroverso, que é de 3,69% da inflação, ainda não se resolveu, porque estamos tentando avançar em algum tipo de reposição salarial, na questão do vale-transporte, e tem outras conquistas da categoria que não são apenas as questões salariais. Há um problema que nós da prefeitura não podemos colaborar mais porque estamos sendo vítimas de sequestro de verbas. O prefeito está indo para Salvador novamente tentando parcelar uma verba que o juiz determinou o sequestro da conta da prefeitura", informou.
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