Dia do Trabalhador tem manifestação de centrais sindicais em Feira de Santana
Atos aconteceram na Praça Padre Ovídio, Centro de Feira de Santana.
Edberto Ferreira, professor da rede estadual de ensino, diz que a organização dos trabalhadores busca resgatar o espírito de luta que essa data tem.
"O pessoal dos movimentos sindicais da cidade mobilizou os trabalhadores em torno da comemoração da pauta, para chamar atenção para importância da luta dos trabalhadores por direitos que têm sido retirado nos últimos 4 anos. Além da importância de combater o fascismo no país que é uma das pautas principais, cujo movimento vem crescendo, não só no Brasil como no mundo todo. Temos enfrentado anos muito difíceis, passamos por várias perdas de direitos com a reforma trabalhista, da previdência, temos o teto de gastos em vigor que interfere tanto na saúde quanto na educação. Para minha categoria que é a docente, a gente perde muito. Estamos em paralização em torno da pauta do pagamento do piso, que o governo quer fazer fracionado, e a gente quer integral, o pagamento dos precatórios, que é um direito, mas o governo não vem pagando os juros, então é uma perspectiva muito difícil", reclama.
Eritan Machado, presidente do sindicato dos bancários de Feira de Santana, destaca que o 1º de maio é data que surgiu em meio a um acidente que aconteceu em uma fábrica nos Estados Unidos, mas que não é apenas isso.
"É uma data onde os trabalhadores vão lutar por melhores condições de trabalho e por melhores condições de vida. Naquele período foi uma luta para redução da jornada de trabalho para 8 horas e para proibição do trabalho infantil, só que hoje ainda temos diversas pautas que a maioria das categorias continuam lutando. Temos lutado pela inclusão de mulheres (equidade de gêneros) em cargos de poder, para melhorar o mínimo, por mais empregos, então são pautas diversas que nos levam a estar ocupando a praça e as ruas, para dar este grito de protesto e para tentar mobilizar e alertar as pessoas da necessidade de avanço nos direitos e garantias dos trabalhadores".
IA usada para demitir
Mais da metade dos bancos em atividade no país (54%) já incorporou a Inteligência Artificial (IA) nas operações, aponta pesquisa da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos).
"É uma realidade que atinge a maioria das classes dos trabalhadores, esses avanços tecnológicos têm provocado danos não apenas na categoria bancária, mas também na indústria, na imprensa e em todas as outras. Imagine só quando o homem criou a roda não para substituir ele, mas para facilitar o trabalho dele. Então os avanços tecnológicos não devem vir para substituir a mão de obra do trabalhador, mas sim para auxiliar o trabalhador nas atividades do dia a dia. Infelizmente não é o que a gente vê! Apesar desses avanços tecnológicos e das demissões , o trabalhador bancário tem trabalhado muito mais, se engana aquela pessoa que acha que a carga horária é de 6 horas, depois que a agência fecha, o bancário continua dentro da agência por muitas horas e isso é refletido no adoecimento da categoria", denuncia.
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