Um grupo de comerciantes do Shopping Popular de Feira de Santana protestou nesta quinta-feira (24), no centro da cidade, na praça Bernardino Bahia, conhecida como praça do 'Lambe-Lambe' devido as cobranças que já começaram a chegar pelo uso do espaço no empreendimento, uma parceria público-privada (PPP), localizada na Rua Olímpio Vital, próximo ao Centro de Abastecimento.

Segundo a comerciante Elizabete Araújo de Oliveira de Jesus, conhecida como 'Bete Camelô', 32 anos, a partir de setembro os comerciantes com box na Praça de Alimentação começarão a pagar além do condomínio, cobrado por metro quadrado, o 100% do valor do aluguel e também a taxa de energia elétrica. O valor total pode chegar a R$ 586 para operar no espaço. Já em outubro, os comerciantes dos outros setores começam a pagar 50% do aluguel e condomínio, o que deve onerar o inquilino em até R$ 400.

Bete Camelô explica que atualmente os comerciantes pagam uma taxa de R$ 40 por metro quadrado, correspondente ao condomínio. Com boxes variando entre 3,60m² a 4.74m², os locatários investem entre R$ 144 a R$ 189 para comercializar no Shopping Popular.

Durante a manifestação, os comerciantes demarcaram espaços na praça Bernardino Bahia, como forma de chamar atenção de que o camelô pode voltar para o centro da cidade. "A gente quer pagar, mas do jeito que as coisas estão no Shopping Popular, a gente não consegue pagar por que não se vende. Tem estacionamento, ponto de ônibus, tem todo o centro que ajuda, porém a gente não tem o principal que é o cliente, como não tem o cliente e a gente precisa pagar o consórcio, a situação não está batendo, não temos o dinheiro para pagar, a Prefeitura não tem condição de arcar, conforme o secretário [Desenvolvimento Econômico] nos informou, mas não temos condições de arcar com estas despesas. Se o Shopping não der certo para o camelô, temos a opção de vir para a praça", disse a comerciante.