Com previsão de alta, preço do café começa a pesar no bolso do consumidor

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Com previsão de alta, preço do café começa a pesar no bolso do consumidor

Até a segunda quinzena de janeiro de 2025, a alta deve chegar a até 40%. 

Foto: Mário Sepulveda/ FE

Para muitos feirenses, assim como a maioria dos brasileiros, o hábito de tomar um cafezinho é algo que não pode faltar no dia a dia. Seja na padaria, em casa ou no trabalho, a bebida funciona como um estimulante e é também um ritual. No entanto, a partir de janeiro de 2025 o consumo do café pode pesar ainda mais no bolso dos consumidores, que já começaram a perceber, nas últimas semanas, a elevação no preço do produto nas prateleiras dos supermecados.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) entre novembro de 2023 e novembro de 2024, o reajuste no preço do café nos supermercados foi de 38%. Porém, até a segunda quinzena de janeiro de 2025, a alta deve chegar a até 40%.

Os motivos para esse reajuste se devem à elevação dos custos de produção, devido às condições climáticas desfavoráveis, que prejudicaram a safra do café brasileiro no último ano. Os sinais negativos também têm feito o preço do grão subir na Bolsa de Nova York. Com o dólar mais caro, os produtores têm dado preferência ao mercado internacional, afetando ainda mais o consumidor interno.
Foto: Mário Sepulveda/ FE

Atendente de uma farmácia no centro comercial, Rebeca Cerqueira contou ao Folha do Estado que toma cafezinhos diariamente durante o expediente. "Tomo o cafezinho preto. A gente vai tomar café do mesmo jeito, a gente é brasileiro, pode estar por R$ 200 reais. Se tiver uma garrafa, a gente toma o dia todo. O aumento vai importar no nosso bolso, mas o café é sagrado."

Cliente de uma padaria no centro da cidade, Roberto Araújo disse que consome mais de cinco cafezinhos por dia e os sucessivos reajustes podem pesar no final do mês. "Com esse reajuste, complicou. A gente vai ter que mudar para amenizar mais, se antes tomava cinco, agora só toma um. Vamos ter que mudar, procurar um suco, outra coisa."

Proprietário de uma lanchonete, Matheus Trindade ressaltou que o reajuste terá que ser repassado para o cliente.

Foto: Mário Sepulveda/ FE

"Com esse reajuste de 40% que foi anunciado ficou complicado para a gente trabalhar. Mesmo o cliente reclamando, vamos ter que repassar o preço, senão a gente fica no prejuízo. Aqui em média sai entre 150 e 200 cafezinhos diariamente. O pessoal reclama do reajuste, mas não fica sem tomar o cafezinho, é tradicional, não pode ficar sem. Ninguém estava preparado para uma alta dessa, mas vamos fazer o que for possível."

A vendedora ambulante Jaqueline Pereira também irá aumentar o valor do cafezinho para seus clientes. 
Foto: Mário Sepulveda/ FE

"Eu vendo mais ou menos dois quente-frios por dia. O cafezinho preto num copo de 80ml, estou vendendo a R$ 1. Mas, agora com o aumento, vou ter que aumentar para entre R$ 1,50 a 2. Os clientes vão reclamar com certeza. E em casa eu vou reduzir o consumo, fazer sucos para complementar o café."

 

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Segunda, 06 Janeiro 2025

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