A mudança gerou comentários da população. Para a aposentada Rosângela Caribé a nova regra pode contribuir no crescimento de golpes. "Eu não gostei. Do jeito que a criminalidade está, os aposentados serão prejudicados. Os criminosos terão mais facilidade em encontrar estes dados, e quando a pessoa for lá receber o pagamento não vai encontrar o dinheiro".

Já outros, aprovaram a nova estratégia. Como é o caso do aposentado Dionísio Lopes. "A ideia é excelente, porque nem sempre o segurado pode comparecer devido alguma dificuldade de locomoção. Só fico preocupado com aqueles que não tem facilidade em utilizar a internet para alimentar esse banco de dados".

De acordo com o gerente-executivo do INSS em Feira de Santana, Fernando Nunes, a mudança evita ao máximo que idosos precisem sair de casa e reduz dificuldades para segurados com problemas de saúde.

"A prova de vida será realizada agora através de consultas nos sistema de dados, seja do município, do estado e até mesmo federal. Toda vez que este segurado realizar uma consulta médica pelo SUS, tomar uma vacina, emitir um passaporte, segunda via de identidade, todos estes dados, ficarão registrados no sistema, como um banco de dados que vai substituir a prova de vida. Então, o INSS vai realizar a consulta através deste banco de dados e em caso de confirmação, o segurado não precisará realizar a prova", explicou.

O gerente-executivo ressalta que a prova de vida presencialmente não será extinta, apenas deixará de ser obrigatória. "Evidente que aquelas pessoas que desejarem realizar a prova de vida presencialmente. Lembrando que aqueles segurados que não comparecerem, não terão seus benefícios suspensos, porque agora se tornou opcional e hoje também, já existem os meios tecnológicos onde este segurado pode realizar a prova de vida dentro de casa através do aplicativo Meu INSS. Tenho certeza que isso é um grande avanço para a comunidade, vai beneficiar os idosos, aqueles que tinham que se deslocar dentro de ambulâncias".

O INSS fará o cruzamento de informações para confirmar se o titular do benefício, nos dez meses posteriores ao seu último aniversário, realizou algum ato registrado em bases de dados de órgãos públicos federais.

Caso o governo não encontre um "movimento" do cidadão, uma equipe irá até a casa do beneficiário para realizar a prova de vida. Essa operação será feita por meio de parcerias, uma delas com os Correios. No Brasil, cerca de 35 milhões de aposentados e pensionistas precisam provar, todos os anos, que estão vivos, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência.