Um desentendimento no trânsito de Feira de Santana, que poderia ser resolvido com um bom diálogo, um acordo entre as partes, acabou com sérios danos ao automóvel de um homem, que só depende deste para dar sustento à família e prover o pão de cada dia.

A família pede ajuda nas redes sociais e espera encontrar o motorista que causou este enorme prejuízo.

Na terça-feira (26), foi um dia marcante para Pedro. Na avenida Presidente Dutra, aconteceu uma batida, e ao ser abordado pelo outro motorista da situação, passou por uma situação de desespero. “Ele [o outro motorista] chegou perto do meu carro, falou o que eu tinha feito no carro dele, e quando eu cheguei para ver o que foi, ele chutou a porta do meu carro três vezes. Como eu estava desesperado, com a situação, peguei meu machado e ‘rumei’ no carro dele, quebrei os vidros. Neste momento, ele veio, pegou o machado, quebrou meu carro todo e atentou contra minha vida”, lembrou Pedro. O motorista que golpeou à machadadas o carro de Pedro, sumiu.

A situação ganhou força quando Michelly, esposa de Pedro divulgou o vídeo do ocorrido em suas redes sociais, pedindo ajuda para encontrar o autor do crime. “Eu queria pedir ajuda de todos vocês que puderem me ajudar compartilhando, até encontrar o cara que destruiu o carro do meu esposo, para ele se responsabilizar pelo prejuízo ocorrido. Peço a vocês que se puderem me ajude, de qualquer forma, qualquer ajuda será bem vinda nesse momento tão difícil para minha família. Além do carro destruído, estamos precisando de ajuda para sobreviver, pois tenho filho pequeno, não trabalho e o meu esposo se encontra desempregado, impedido de correr atrás do nosso pão de cada dia”, escreveu.

No vídeo divulgado por Michelly é possível ver a situação do carro e o momento do ocorrido. Acontece que causar dano ao patrimônio de outra pessoa - física ou jurídica - é um crime pela lei brasileira, chamado de crime de dano. Ele está previsto no artigo 163 do Código Penal, que diz que é crime “destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia”.

O desespero de Pedro e Michelly se dá porque o automóvel era a forma de sustento da família, Pedro sustenta a esposa e o filho Pedro Vítor, de 7 anos, fazendo pequenos bicos, em Feira de Santana, cortando lenha, fazendo fretes, vendendo lenha, estaca, fazendo cerca, artes e móveis com madeira reutilizada.

“O carro é meu ganha pão. Só tenho isso para sobreviver, ele estava parado há pouco tempo, por defeito, então eu peguei um dinheiro na mão do agiota para consertar, e exatamente quando consegui, isso aconteceu. Agora estou parado, passando necessidade e devendo ao agiota”, afirmou Pedro.