Cruzeiro e Botafogo empatam em jogo que não ajuda ninguém na Série B
O empate impede Botafogo de assumir liderança da competição
Um jogo que era importante para ambos, mas Cruzeiro e Botafogo ficaram só no 0 a 0 na noite de terça-feira (12), no estádio Independência, pela 30ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
A partida, bastante movimentada, teve dois tempos distintos, já que na primeira etapa só deu Raposa, e no segundo tempo o Glorioso conseguiu igualar as ações.
O empate impede o Botafogo de assumir a liderança da competição, ainda nas mãos do Coritiba, e torna o sonho de acesso do Cruzeiro cada vez mais complicado. O Fogão soma mais um ponto e chega aos 52, enquanto o time celeste chega aos 39.
O Cruzeiro enfrenta agora o Avaí, no dia 22 de outubro, às 21h30, na Ressacada, em Florianópolis. O Botafogo entra em campo no dia 20, contra o Brusque, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro.
EXPECTATIVA ANTES DO JOGO
O técnico Vanderlei Luxemburgo antes de a bola rolar mostrou toda a sua esperança no acesso do Cruzeiro. Isso, mesmo com a Raposa tendo naquele momento apenas 0,34% de chances. O treinador citou os exemplos de Flamengo e Fluminense, em 2009, para justificar seu pensamento positivo.
Há 12 anos, o Fla foi campeão Brasileiro após uma arrancada nas últimas seis rodadas do Brasileirão daquele ano. O Fluminense, nas últimas sete rodadas, emplacou uma sequência incrível [seis vitórias e um empate] e escapou do rebaixamento, contrariando a própria matemática, que chegou a apontar como 99% certo.
AMPLO DOMÍNIO DO CRUZEIRO
O Cruzeiro dominou o primeiro tempo, trabalhou bem também sem a bola, e tirou os espaços do Botafogo. O ímpeto ofensivo celeste fez com que uma estatística em particular chamasse a atenção: as finalizações. A Raposa chutou 14 vezes, enquanto o Glorioso apenas uma, segundo o site Sofascore - especialista em estatísticas do futebol.
A sorte dos cariocas é que a mira dos cruzeirenses estava descalibrada. De todas as finalizações da equipe estrelada apenas três foram no goleiro Diego Loureiro. Fábio, enquanto isso, passou ileso.
RESPOSTA DO BOTAFOGO
A primeira grande chance do Botafogo só foi acontecer aos nove minutos do segundo tempo, com Navarro, que aproveitou cobrança de escanteio e cabeceou com perigo, obrigando Fábio a fazer uma grande defesa.
A equipe de Enderson Moreira melhorou e passou a assustar mais no começo do segundo tempo, mas parava ou nas mãos do goleiro Fábio ou na forte marcação celeste.
NA BRONCA COM ÁRBITRO
Depois do apito final no primeiro tempo, tanto cruzeirenses como botafoguenses reclamaram do trabalho do árbitro Denis da Silva Ribeiro Serafim.
"Difícil, uma arbitragem totalmente tendenciosa. Jogador não pode nem conversar com adversário que já é amarelo. Interpretação sem nexo, não dá para entender", disparou Giovanni, do Cruzeiro.
"Chega a ser redundante ficar falando. Competição crescendo muito, muito investimento, os árbitros precisam estar mais preparados", também criticou Kanu, do Botafogo.
ELOGIO
O ex-árbitro Sandro Meira Ricci, hoje comentarista de arbitragem da TV Globo, discordou dos atletas que reclamaram do árbitro. "Arbitragem boa. Tem deixado o jogo correr, não tem medo do jogo, critério dele está bom. Não vejo motivo, até o presente momento, para reclamação. Justo na marcação", disse Ricci.
MENSAGEM IMPORTANTE
O uniforme do Botafogo trouxe mensagem importante no jogo contra o Cruzeiro. Na manga da camisa alvinegra a mensagem: "vacine-se", uma campanha do clube carioca com seu patrocinador máster, a Estrela Bet, um site de apostas.
MASCARADO
Depois de levar um chute no rosto do zagueiro Caetano, na partida contra o CRB, na rodada passada, o atacante Navarro jogou contra o Cruzeiro usando um máscara para proteger a face. Ele é o artilheiro do Botafogo com dez gols na Série B do Brasileirão.
INUSITADO
O técnico Vanderlei Luxemburgo colocou em campo no segundo tempo o atacante Vitor Roque. O jogador nasceu em 2005 e fez sua estreia com apenas 16 anos. No Campeonato Brasileiro sub-17, Roque, em 12 jogos, marcou 10 gols.
Já no Campeonato Mineiro da categoria fez nove gols em cinco partidas. Ele, que não agradou tanto ao técnico Vanderlei Luxemburgo, ficou apenas 18 minutos em campo, e depois deu lugar a Keké.
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