O futebol brasileiro vive um momento de evolução tática e investimento pesado, mas a continuidade desse crescimento é incerta, especialmente com a instabilidade de algumas SAFs. O Botafogo, campeão da Libertadores e do Brasileirão, parecia pronto para marcar época, mas as mudanças bruscas no elenco colocam esse sonho em xeque. Com a saída do técnico e de vários jogadores-chave, a manutenção da equipe vencedora se tornou um desafio quase impossível.

A situação se repete em outros clubes. O Cruzeiro, na temporada passada, apostou em contratações volumosas, mas sem jogadores que realmente fizessem a diferença. O resultado foi a queda de rendimento e a demissão de Seabra, jovem técnico promissor. Agora, com Fernando Diniz, o cenário se repete: reforços de prestígio, grandes expectativas e um time que não engrena. A ansiedade no futebol brasileiro segue sendo um obstáculo para planejamentos a longo prazo.

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Já o São Paulo e o Corinthians deram sinais positivos no clássico. Apesar do início de temporada, ambos mostraram ideias de jogo bem definidas. O São Paulo, com Lucas e Oscar em movimentação constante, dominou o segundo tempo e resolveu a partida em detalhes. O Corinthians, por sua vez, apostou num sistema ofensivo sem pontas fixos, tendência que pode funcionar, mas também apresenta riscos.

Enquanto alguns clubes tentam se firmar entre os protagonistas do futebol brasileiro, o Botafogo vive os reflexos de uma realidade moderna: jogadores que brilham em um clube e, sem cerimônia, são levados para outro do mesmo dono. O sonho de erguer uma dinastia foi atropelado pelo mercado da bola.