O palco das Olimpíadas costuma ser reservado para histórias de superação, mas a participação de Noah Lyles na final dos 200m rasos em Paris 2024 trouxe à tona um exemplo negativo. Competindo infectado pela Covid-19, o velocista americano conquistou o bronze, mas revelou que testou positivo, sofrendo com tosses intensas na noite anterior à corrida. Lyles deixou a pista em uma cadeira de rodas, evidenciando os perigos de competir com a doença.

A decisão de Lyles de competir nessas condições contraria os princípios básicos de segurança em saúde no esporte. O risco de miocardite aguda, uma inflamação do coração que pode levar à morte súbita, estava presente e poderia ter resultado em uma tragédia. Além disso, a alta transmissibilidade do vírus coloca todos que tiveram contato com o atleta em risco, acendendo um alerta sobre a falta de protocolos adequados em Paris 2024.

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Esse episódio expõe uma falha não apenas individual, mas coletiva, do departamento médico da delegação americana. Em um cenário onde o esporte de alto rendimento já compromete a imunidade dos atletas, a decisão de permitir que Lyles competisse foi, no mínimo, irresponsável. O caso serve como um lembrete de que o espírito olímpico deve ser acompanhado de responsabilidade e respeito à saúde pública.

A postura de Lyles e sua equipe gerou uma repercussão negativa no mundo esportivo, contrastando com o espírito de união e superação que as Olimpíadas buscam promover. A imprudência demonstrada não só ameaça a saúde dos envolvidos, mas também mancha a imagem dos Jogos, que devem ser um exemplo de disciplina e responsabilidade para o mundo.