A ginasta Lorrane Oliveira viveu uma noite de fortes emoções ao conquistar a inédita medalha de bronze por equipes na ginástica artística feminina para o Brasil, durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024. O feito tem um significado ainda mais profundo para Lorrane, que superou a dor do luto pela perda de sua irmã mais nova, Maria Luiza, falecida há apenas três meses. Diante da tragédia pessoal, a atleta considerou até abandonar o esporte, mas encontrou forças no apoio incondicional da equipe de saúde mental do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Em meio ao turbilhão emocional, Lorrane voltou ao Brasil acompanhada pela médica do COB, Lara Ramalho, e foi acolhida por uma rede de apoio que incluía a psicóloga Aline Wolff e o psiquiatra Hélio Fádel. Esses profissionais tiveram um papel crucial em ajudá-la a encontrar equilíbrio e retomar sua preparação para a competição. A dedicação da equipe de saúde mental foi fundamental para que Lorrane pudesse transformar seu luto em força competitiva, demonstrando resiliência ao se preparar para os Jogos Olímpicos.

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Durante a final, a pressão sobre Lorrane era palpável, especialmente ao iniciar a rotação do time brasileiro nas barras assimétricas. Apesar de sua nota de 13.000 estar abaixo do esperado, Lorrane conseguiu abrir caminho para o sucesso de sua equipe. Após a conquista, emocionada, ela fez questão de se abrir aos jornalistas, compartilhando sua jornada de superação. Mesmo em lágrimas, Lorrane destacou que a medalha representa uma vitória pessoal e coletiva, homenageando sua irmã com o feito.

A ginasta reafirmou que a conquista é para todo o Brasil e, sobretudo, para sua irmã, que sempre sonhou junto com ela. "Eu não fiz a melhor apresentação que poderia, mas estou feliz por ter conseguido superar tudo e representar meu país", declarou Lorrane, com um brilho nos olhos que refletia a memória da irmã e a realização de um sonho compartilhado.