Fãs do reggae têm espaço garantido na Micareta de Feira
A Banda Monte Zaion alavancou o cenário do reggae na década de 90 e início dos anos 2000
Micareta de Feira de Santana tem diversidade de ritmos, inclusive, o reggae. O movimento tradicionalmente embala foliões tanto nos circuitos quanto nos palcos fixos.
A Banda Monte Zion alavancou o cenário do reggae na década de 90 e início dos anos 2000 e conquistou muitos fãs ao longo de sua história, principalmente, entre os feirenses. O grupo formado por Lion Man, Tio Roy e Íris Luz é veterano no Carnaval feirense.
"A Monte Zaion tem mais de 20 anos de Micareta, a banda já tocava desde quando a festa acontecia na Avenida Senhor dos Passos, onde existia um palco próximo ao cruzamento. Um dos momentos mais marcantes da banda na festa foi quando puxamos um bloco e arrastamos uma multidão que a mídia comparou com a multidão do Chiclete com Banana (auge da vez). Isso foi inesquecível. Na Micareta a Monte Zaion é a caminhada da paz! Não tem briga, empurrão, agressão, é lindo de se ver ", conta Lion.
A Monte Zaion foi formada em Feira de Santana em meados de 1995/96 e se chamava Reggae Meditação e era composta por um grupo de amigos que amavam o reggae e a filosofia bíblica o que mais tarde resultou na mudança do nome para Monte Zaion se referindo a uma passagem bíblica. "Desde então, em todas as formações a gente vem difundindo o estilo musical, variando entre um reggae mais roots e nos juntamos para difundir o ritmo em Feira de Santana, fizemos crescer muito e se desenvolver. Foram muitas apresentações em Feira e região e também para além do estado da Bahia. Nunca foi fácil fazer reggae, mas já foi muito pior. Fizemos apresentações para cerca de 10 pessoas, mas persistimos fazendo, sobretudo, com que o público entenda que o estilo não é coisa de marginal e sim uma música que leva uma mensagem de paz, pensamento positivo e de amor. Feira se tornou um polo de reggae muito forte onde já passaram bandas nacionais e internacionais e a Monte Zion fez parte de todo esse processo", conta Lion.
Representatividade feminina no reggae
Íris destaca com satisfação sua contribuição na obra que está lançando luz sobre o papel das mulheres no reggae já que a participação feminina reggae ainda é considerada inexpressiva quando comparada com o quantitativo masculino.
"Comecei na música através de Lion em 97 e começamos a namorar e nesse namoro ele falou para a gente fazer um teste para Monte Zaion que na época era Monte de Zaion. Quando o convite veio eu disse que não sabia cantar, mas ele me convenceu a fazer backing vocal (segunda voz) e no ano de 99 fui convidada para fazer a primeira música, depois duas, três e hoje, graças a Deus, estou aqui com a Zion firme e forte. Na pandemia eu dei um tempo, mas voltei com tudo e vamos que vamos", relembra.
A cantora diz ainda que subir no trio elétrico em Feira sempre é uma emoção muito grande. "O encontro com fãs. A banda nessa época de Micareta trabalha dobrado e dá o melhor de nós para a galera, quando a gente passa nos camarotes que recebe toda receptividade é lindo de se verme sinto muito reconhecida, o público nos abraça, segue nosso trio e isso é o mais importante", compartilha Íris.
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