O peso-pesado Carlos Felipe Boi, recentemente demitido pelo UFC após receber uma suspensão de 18 meses da Comissão Atlética de Nevada por falhar num exame antidoping após sua luta mais recente. (Clique no player acima para ouvir). O lutador brasileiro jurou inocência e criticou o processo da entidade, já que os exames conduzidos pela Agência Antidoping dos EUA (USADA, na sigla em inglês), responsável pelo controle de substâncias proibidas no UFC, não apontaram nada.

- É uma coisa muito controversa, porque desde que entrei na USADA, tenho uns 13 ou 14 exames feitos e nunca constatou nada. Inclusive 20 dias antes desse teste feito pela comissão, fui testado no aeroporto, estava indo buscar meu visto, e esse exame deu 100% limpo. Vinte e poucos dias depois da luta, fiz exame da USADA e deu limpo também. Fica o questionamento: como uma coisa vai sair do meu corpo tão repentino, sendo que às vezes fica meses no corpo? Acho que eles erraram, tem alguma coisa errada aí - afirmou Boi, que lembrou que Bruno Blindado passou por situação semelhante e passou dois anos suspenso.

- É uma coisa totalmente parcial para o lado deles. De que adianta você provar se eles mantêm a suspensão?

Inicialmente, o lutador baiano acreditava que o UFC o manteria no elenco mesmo durante a suspensão. Contudo, a organização o notificou da demissão na semana passada, cerca de cinco meses após o início da punição e com mais 13 por cumprir.

A sentença é válida para o estado de Nevada, onde a comissão atlética tem jurisdição, e tecnicamente Carlos Boi poderia lutar em outros estados americanos e outros países. Contudo, o UFC costuma respeitar as decisões de Nevada e outras comissões associadas à Associação das Comissões de Boxe (ABC) também seguem suas diretrizes. Por isso, o baiano pretende respeitar o período de afastamento do MMA para não causar problemas, até porque ele assegura que vai retornar ao Ultimate ao término de sua suspensão.

- Eu sei que vou voltar ao UFC e, assim que a suspensão acabar, planejo fazer duas ou três lutas e voltar, pois sei que é meu lugar, tenho totais condições de chegar de novo. Então prefiro não arriscar e ir para outro evento agora, ainda mais sabendo que eles são todos cheios de chiado. Eu tenho essa confiança, até porque sei que depende de mim e tenho totais condições de voltar. E se não tiver também, paciência, o mundo é muito grande e qqr evento vai ficar feliz de me contratar. Sou um cara que promove bem as lutas, luto pra frente sempre, e hipoteticamente falando, se essa contratação não vir, sei que não vou ficar sem lutar.

Boi também falou de sua última luta, contra Andrei Arlovski, contou que vai lutar outras modalidades enquanto estiver suspenso no MMA e até analisou o UFC Marreta x Ankalaev do último sábado ao lado dos jornalistas Adriano Albuquerque, Marcos Luca Valentim e Luciano Andrade. O podcast ainda traz prognósticos para o UFC Volkov x Aspinall, que acontece no próximo sábado em Londres.

Com informações do Combate.