Atleta feirense é vice-campeão mundial máster de jiu-jitsu nos EUA

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Atleta feirense é vice-campeão mundial máster de jiu-jitsu nos EUA

Competição foi disputada entre 31 de agosto a 2 de setembro

Crédito: Arquivo Pessoal

O atleta feirense Marcos Borges conquistou o vice-campeonato do Mundial Master de Jiu-Jitsu, organizado pela International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF), evento que aconteceu de 31 de agosto a 2 de setembro, em Las Vegas, nos Estados Unidos. O Mundial Master é um dos principais torneios do cenário competitivo da arte suave do mundo.

Marcos Borges, mais conhecido como Marcão, é policial militar da reserva, e aos 53 anos, disputou a categoria faixa preta máster 5, no peso super pesado, só sendo parado na quarta e última luta da competição ao ser derrotado na final pelo americano Christopher Howe.

Marcão falou da sensação de ter subido no pódio da competição. "É algo que só quem vive para saber. Minha felicidade como atleta fica ao conquistar um pódio em um mundial. Cada luta é uma final, porque se você perder a primeira e a segunda não chega no pódio. Quando chega na terceira luta, querendo ou não você fica mais tenso, porque é que define se você vai ao pódio ou não. Foi isso o que aconteceu. Posso dizer, de verdade, que estou muito feliz pela colocação, sabendo que poderia ter alcançado o título, mas também poderia ir para o outro lado. Eram dois atletas muito bem preparados", afirmou.

"Minha mão não foi levantada naquele dia, mas a sensação de estar no pódio. Eu estava com um sorriso largo e agradecido, porque a conquista de um pódio num vestibular tão difícil em meio a tantos atletas do mundo inteiro, é motivo de uma alegria sem tamanho. Representar nosso estado, mostrando a força do baiano e a garra do nordestino. Isso nos traz um orgulho sem tamanho. Além de, como policial militar, representar a corporação, minha classe que representei por mais de 33 anos. É motivo de muita alegria receber mensagens de colegas me parabenizando pelo vice-campeonato mundial", completou.

Marcão já havia participado de outras edições do Mundial. Inclusive, foi campeão usando a faixa marrom. Como preta, ele estava na segunda participação. No ano passado, ele acabou sendo derrotado logo na estreia. Mas o revés serviu como trampolim para subir no pódio. "Já disputei na faixa marrom. Na verdade, dois. Eu não fui bem sucedido, mas no ano seguinte fui campeão mundial em Las Vegas. Na faixa preta, fui parado na primeira luta no ano passado. Foi uma luta que terminou sem pontos, sem vantagens, por decisão do árbitro. Aquela luta foi um divisor de águas onde nos fez enxergar que faltou um detalhe muito pequeno e que cabia treinar mais, aprimorar os detalhes, mas deixou a sensação de confiança. Foi uma derrota que aumentou a confiança. Para esse ano fizemos um camp mais diversificado, visitando outros centros de treinamentos da nossa equipe e de outras equipes daqui da região", destacou.

Para conseguir bancar a viagem, Marcão contou que fez algumas manobras para levantar recursos, dentre elas, chegou a promover rifas. Além de contar com parcerias feitas ao longo dos anos e o apoio da família. "Nesse tempo algumas parcerias foram se formando. Tenho uma parceria com um nutricionista de Feira de Santana há muitos anos, outra com uma loja de suplementos, com uma farmácia de manipulação. Tem uma academia em Feira para local de treinamento. A parte financeira, a gente improvisa. Algumas empresas nos apoiam. Meu nutricionista também entrou com uma parte pecuniária. Outros valores que eu gastaria com a preparação foram convertidos em suplementos, manipulados. Fiz um caixa particular, uma empresa de segurança nos apoiou também a estar nessa competição. Claro que a gente envolve também um pouco da nossa renda pessoal para completar isso. É onde a família entra, pois são sacrifícios coletivos, abrindo mão de viagens no final do ano. Mas é algo conversado antes", disse.

Após a conquista do vice-campeonato mundial, Marcão estabeleceu a meta de encerrar o ano no primeiro lugar do ranking brasileiro da categoria na faixa preta. O atleta vai disputar os torneios Open de Salvador, no final deste mês, e de Curitiba, que será em meados de outubro. "Vou tentar reunir recursos para essas competições, porque minha meta pessoal é terminar o ano em primeiro lugar no ranking brasileiro", finalizou. 

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