Parte de internados por Covid-19 na Bahia não concluiu tratamento preventivo
A importância é evitar que casos graves da doença se desenvolvam
A impressão de que a pandemia havia chegado ao fim foi sentida por muitos baianos há alguns meses. Mas, agora, com o aumento do número de casos de Covid-19, é quase impossível não conhecer alguém que apresentou sintomas gripais em junho. Enquanto isso, pessoas com o esquema vacinal incompleto são maioria nos internamentos.
Somente no último mês, a Bahia registrou um aumento de mais de 10 vezes no número de casos ativos da doença - que saltou de 860 para 9.740. É sabido que as vacinas contra a covid-19 não impedem que as pessoas se contaminem com o vírus. A importância delas é outra: evitar que casos graves da doença se desenvolvam e, consequentemente, que os centros de saúde não fiquem lotados como no início da pandemia.
Na manhã de sexta-feira (1), a secretária estadual de saúde, Adélia Pinheiro, alertou que a maior parte das pessoas que precisa ser hospitalizada não completou o ciclo vacinal ou não tomou nenhuma dose do imunizante. "Permanece um grande chamamento à vacinação. Os internados são idosos e pessoas que não completaram a vacinação ou não tomaram nenhuma dose", disse a titular da pasta.
Atrasados
Mesmo sabendo que a dose de reforço é essencial para que o sistema imunológico esteja fortalecido contra a covid-19, uma estudante de 20 anos que preferiu não se identificar conta que tem procrastinado a terceira dose da vacina. A jovem tomou a segunda dose em outubro e, quatro meses depois, já poderia ter voltado ao posto para receber a terceira dose. "Eu poderia ter tomado desde o dia 20 de fevereiro, mas com o início das aulas eu passei a ficar dois turnos na faculdade e aos finais de semana vinha para minha cidade, quando não ficava em Salvador para estudar. Somado ao fato que os postos perto da minha casa não estavam vacinando", diz a estudante de Medicina.
Agora que está de férias da faculdade, ela pretende se vacinar assim que possível. Diferentemente do autônomo Pedro Fernandes, 25, que só tomou as duas primeiras doses da vacina e revela que não pretende tomar a terceira. "Ouvi muito burburinho com a segunda dose e eu fiquei um tempo com uma fraqueza na perna, não sei se teve relação direta com a vacina, mas fiquei com aquilo na cabeça", relata.
Em junho deste ano, o jovem se contaminou com a covid-19 e teve sintomas como febre alta, dor de cabeça e coriza. Além de relatar ter perdido o olfato e o paladar. Um estudo divulgado na quinta (30), indica que seis em cada 10 mortos e internados em decorrência da covid-19 no país entre março e junho deste ano não tomaram a terceira dose da vacina.
Os números apontam ainda que em três de cada 10 óbitos, a dose de reforço foi tomada no ano passado, o que indica a necessidade de uma quarta dose em 2022. A maior parte das vítimas era idosa e possuía comorbidade, como a maioria dos internados. A pesquisa foi feita pela Info Tracker, plataforma de monitoramento ligada à Universidade de São Paulo (USP) e à Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Somente no último mês, a Bahia registrou um aumento de mais de 10 vezes no número de casos ativos da doença - que saltou de 860 para 9.740. É sabido que as vacinas contra a covid-19 não impedem que as pessoas se contaminem com o vírus. A importância delas é outra: evitar que casos graves da doença se desenvolvam e, consequentemente, que os centros de saúde não fiquem lotados como no início da pandemia.
Na manhã de sexta-feira (1), a secretária estadual de saúde, Adélia Pinheiro, alertou que a maior parte das pessoas que precisa ser hospitalizada não completou o ciclo vacinal ou não tomou nenhuma dose do imunizante. "Permanece um grande chamamento à vacinação. Os internados são idosos e pessoas que não completaram a vacinação ou não tomaram nenhuma dose", disse a titular da pasta.
Atrasados
Mesmo sabendo que a dose de reforço é essencial para que o sistema imunológico esteja fortalecido contra a covid-19, uma estudante de 20 anos que preferiu não se identificar conta que tem procrastinado a terceira dose da vacina. A jovem tomou a segunda dose em outubro e, quatro meses depois, já poderia ter voltado ao posto para receber a terceira dose. "Eu poderia ter tomado desde o dia 20 de fevereiro, mas com o início das aulas eu passei a ficar dois turnos na faculdade e aos finais de semana vinha para minha cidade, quando não ficava em Salvador para estudar. Somado ao fato que os postos perto da minha casa não estavam vacinando", diz a estudante de Medicina.
Agora que está de férias da faculdade, ela pretende se vacinar assim que possível. Diferentemente do autônomo Pedro Fernandes, 25, que só tomou as duas primeiras doses da vacina e revela que não pretende tomar a terceira. "Ouvi muito burburinho com a segunda dose e eu fiquei um tempo com uma fraqueza na perna, não sei se teve relação direta com a vacina, mas fiquei com aquilo na cabeça", relata.
Em junho deste ano, o jovem se contaminou com a covid-19 e teve sintomas como febre alta, dor de cabeça e coriza. Além de relatar ter perdido o olfato e o paladar. Um estudo divulgado na quinta (30), indica que seis em cada 10 mortos e internados em decorrência da covid-19 no país entre março e junho deste ano não tomaram a terceira dose da vacina.
Os números apontam ainda que em três de cada 10 óbitos, a dose de reforço foi tomada no ano passado, o que indica a necessidade de uma quarta dose em 2022. A maior parte das vítimas era idosa e possuía comorbidade, como a maioria dos internados. A pesquisa foi feita pela Info Tracker, plataforma de monitoramento ligada à Universidade de São Paulo (USP) e à Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Especialistas reforçam que a vacinação é segura e imprescindível, tanto individualmente como coletivamente. "Pedimos que a população retorne aos drives thru ou postos para completar o esquema vacinal, para que a gente traga o reforço da imunização enquanto há um aumento nítido de casos pós festas de São João", diz Sílva Herranz.
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