Com últimos pacientes transferidos, Hospital de Campanha é desativado
O Hospital de Campanha chegou a ter 18 leitos de UTI e 50 leitos clínicos
Nesta quinta-feira (30), três pacientes que estavam em tratamento da Covid-19 no Hospital de Campanha de Feira de Santana foram transferidos para outras unidades de saúde e com isso após entrar em atividade no dia 4 de junho de 2020, o HC Covid-19 foi desativado. Os últimos pacientes, segundo o diretor do Hospital de Campanha, Drº Francisco Mota, não transmitem mais o vírus e continuarão o tratamento no Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA) – 2 – e um no Hospital Sagrada Família, em Salvador.
De acordo com Mota, Feira de Santana sempre esteve entre as cidades com mais de 100 mil habitantes com o menor número de óbitos pelo novo coronavirus. "O Hospital de Campanha sem dúvida foi importante nisso, começamos em junho do ano passado justamente quando o número de infectados começou a crescer. Foi aberto no tempo ideal. Naquela época o Clériston só tinha 14 leitos de UTI e logo depois de ser aberto teve que ser ampliado [o Hospital de Campanha]. Imaginávamos naquela época [quando o hospital abriu] que iria funcionar por três meses, que o contrato seria prorrogado por mais três meses e depois encerraria", disse a reportagem do FOLHA DO ESTADO.
O Hospital de Campanha chegou a ter 18 leitos de UTI e 50 leitos clínicos. A desmobilização da unidade começou ainda em agosto com a redução dos casos de Covid-19 quando eram 10 UTIs e 30 leitos de enfermaria (clínicos). No início de setembro foram desmobilizados mais 20 leitos de enfermaria, restando 10 UTIs e 10 leitos clínicos. "Conseguimos desativar o hospital. O aumento de casos não foi acompanhado por aumento de internações, o que mostra a força da vacina, quando o indivíduo tem a doença, tem mais leve sem a necessidade internação. É um custo alto. O Dom Pedro tem 10 leitos de UTI, além disso se tem leito clínico [no Hospital Dom Pedro], essa estrutura sai mais barata, além disso tem as UPAs e as policlínicas e também o Clériston Andrade. A probabilidade de reabrir o Hospital de Campanha é longínqua, é se surgir uma variante que não responda a nenhuma das vacinas", completou Francisco Mota.
Segundo a Prefeitura de Feira de Santana, o investimento para manter o hospital é de cerca de R$ 3 milhões mensais. Desde a abertura, foram atendidas 1.566 pessoas, com 1.255 altas e 263 óbitos registrados.
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