Samba pra Rua convida Luedji Luna e Renato da Rocinha para pré-Carnaval
Festa será nesta terça, 6, às 19 horas, no Comércio
Samba-duro, samba de roda, samba-afro, sambas nacionais clássicos e hits do axé raiz. O Samba pra Rua, roda de samba itinerante que tem tomado conta das ruas de Salvador, tem tudo isso e muito mais: uma feijoada com DNA baiano, feita com feijão mulatinho e o irresistível tempero de lá, é outro atrativo do evento, que tem trazido visibilidade a lugares abandonados da cidade. "Ocupar as ruas é, de alguma forma, também salvar vidas e trazer alento à juventude negra, refém da rotina de violência da cidade", observa a professora e compositora Ana Flauzina, idealizadora do projeto. "O samba é a língua franca da população negra do Brasil", continua.
Em tempos de rodas de samba cada vez mais elitizadas – algumas com público majoritariamente branco, o Samba pra Rua tem chamado a atenção pelo DNA 100% baiano, por apresentar músicos da nova geração e dar destaque às mulheres negras da capital soteropolitana. "O objetivo é resgatar e fomentar as cenas locais do samba na cidade", diz Ana.
A feijoada – que tanto combina com samba, no Rio, em Salvador e em São Paulo –, é preparada pela cozinheira Marina (o feijão que não é consumido, no fim do evento, é distribuído para pessoas em situação de rua), fã declarada do bloco Ilê Aiyê. Tem mulher na feijoada, mas também na carta de drinques: no Samba pra Rua eles são preparados por uma barwoman. O evento, que a cada edição recebe convidados especiais, já contou com a participação de nomes como Mestre Rufino, ícone do samba brasileiro. A ideia de reavivar a cultura das rodas de samba na cidade, com ingressos a preços acessíveis, tem dado tão certo, que o evento, nascido em maio de 2022 já está entrando no calendário cultural de Salvador com suas rodas de samba mensais, cheias de charme, negritude e ancestralidade.
Anfitrião da festa, o grupo Samba pra Rua apresenta repertório que vai do samba carioca ao samba do Recôncavo baiano, passando pelo samba duro e batuques dos blocos afros. Não faltam também canções de sambistas consagrados como Zeca Pagodinho, Dona Ione Lara, Péricles, Olodum, Leci Brandão e Xandy de Pilares, além de canções autorais do grupo.
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