SENAI se consolida como a base da qualificação de mão de obra para a indústria de Feira e região
O portfólio do SENAI de Feira chega a ter cerca de 70 cursos diferentes
Inaugurado em 1968, o SENAI (Centro de Formação Profissional Jayme Villas-Boas Filho), foi implementado em Feira de Santana a partir de um programa de interiorização da Federação das Indústrias, que tinha como objetivo atender além do público da Capital, o pessoal do interior da Bahia com cursos de qualificação profissional. Além disso, o parque industrial de Feira na época, estava crescendo com a implantação do Centro industrial do Subaé. Logo, o Senai veio também para apoiar o Parque Industrial que já estava crescendo na época.
"O SENAI é a base da qualificação de mão de obra para a indústria da região de Feira. Então a gente entende que a indústria vem se fortalecendo e, no passado, ela precisou do Senai como um impulsionador na formação de mão de obra, para que o trabalho industrial se desenvolvesse. A nossa base é a indústria, a gente forma para indústria e vivemos através da Indústria. Então, no passado, quando a indústria mais precisou do SENAI, o SENAI instalou uma base aqui em Feira de Santana", esclarece Antonyony de Jesus Santana, ex-aluno do SENAI, e hoje gerente da unidade em Feira de Santana.
Contando com cerca de 3.500 alunos e ofertando em torno de 15 cursos técnicos e cursos de qualificação profissional (que são cursos de menor duração), o portfólio do SENAI de Feira chega a ter cerca de 70 cursos diferentes. A saber, todos os cursos são voltados à indústria ou atividades próximas da cadeia industrial.
Nesse sentido, Antonyony complementa: "Boa parte das vagas aqui são gratuitas. Hoje o SENAI tem o programa do jovem aprendiz e hoje quem forma o Aprendiz para a indústria local é o SENAI Feira de Santana. O que acontece é que a empresa contrata o aprendiz, o remunera, pagando um salário. No entanto, o curso que o aluno faz durante um ano, que acontece parte no SENAI e outra parte acompanhado pelo SENAI dentro da empresa, ele é gratuito para empresa".
"No âmbito dos cursos de qualificação profissional, que visa levar uma profissão a alguém que não tem uma profissão definida. Como por exemplo um curso de carpinteiro, padeiro, eletricista e outros. Ao longo do ano, a gente também oferta turmas gratuitas. Já nos cursos técnicos que são cursos pagos, a cada turma a gente oferta de 5 a 10% das vagas para alunos bolsistas, que também podem fazer o curso técnico sem pagar nada. "É claro que para acessar uma bolsa, a regra que nós usamos é de que o aluno tem que ter tirado uma boa nota no ENEM, algo em torno entre 500 a 550 pontos. E as melhores notas a partir desse ponto de corte garantem as vagas gratuitas nos cursos" informa o gerente da unidade.
Em relação, em como vem sendo realizadas as aulas durante o período pandêmico, o gerente conta que "As aulas que podiam ser remotas, permanecem dessa forma. Que são as aulas teóricas, que logo no início da pandemia a gente aderiu um ambiente, para que os alunos pudessem ter essas aulas remotas. No entanto, como nossos cursos são profissionalizantes e precisam da parte prática, os alunos ficaram aguardando o momento da liberação do município. E agora já estão fazendo a parte prática aqui na sede. A gente foi montando grupos pequenos de alunos, que proporcionaram o distanciamento e segurança".
Um outro tema importante a ser destacado diz respeito a maneira como, funciona à entrada no mercado de trabalho do aluno que estuda no SENAI. "A conexão mais rápida é através do estágio, hoje a partir de um ano de curso, o aluno está já apto a estagiar. Hoje dentro do SENAI Bahia nós temos o núcleo de Carreira Profissional. Esse núcleo é interligado com as demandas das indústrias, ouvindo as necessidades de vagas, de mão de obra e a gente faz questão de fazer uma ampla divulgação aqui dentro. Para conectar os alunos, seja por estágio ou uma contratação direta, pois acontece de a empresa não querer um estagiário. Então a empresa faz contato com o SENAI, que divulga para os alunos e depois eles fazem o contato. Então a gente faz essa interligação".
"O SENAI contribui na educação para o mundo do trabalho. A educação que o SENAI ajuda a formar é uma educação para o mercado de trabalho. É uma educação com visão empreendedora, de desenvolvimento econômico e social do município. Então a parte que o SENAI forma, ela é muito mais ampla do que a educação formal em si" finaliza Antonyony sobre a contribuição do SENAI para educação feirense.
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