Novos subcentros econômicos de Feira

Aniversário de FeiraFeira de 190 anos

Novos subcentros econômicos de Feira

Especial Feira de Santana 190 anos 

Crédito: Divulgação

Feira de Santana leva consigo esse nome justamente por conta da sua vocação inteiramente comercial marcada no passado pela existência da famosa feira livre que culminou com a formação do município. Sua raiz comercial predomina até os dias atuais, com a presença de um Centro comercial bem forte e diversificado marcado pela presença de uma gama imensa de lojas nos mais variados segmentos como alimentação, calçados, vestuário, eletrônicos, além de um comércio informal bem peculiar.

Porém, nos últimos anos a cidade de Feira de Santana tem ganhado uma nova configuração no que tange ao seu aspecto econômico: a formação dos chamados subcentros econômicos, entendidos como a existência e consolidação de comércios em diversos bairros da cidade, ampliando assim a concentração comercial antes restrita ao Centro do munícipio.

Tem-se, na atualidade, a região da Avenida Fraga Maia como um exemplo claro dessa nova conjuntura econômica de Feira. Com cerca de 3 Km de extensão e situada na região Norte de Feira de Santana, nas imediações dos bairros da Cidade Nova, Parque Ypê e Loteamento Modelo, e conhecida pela maioria da população como um espaço próprio para a prática de atividades físicas, a avenida nos últimos anos ganhou uma nova roupagem. Quem passa pelo local nos dias atuais verifica fortemente a tendência comercial do espaço, fato verificado pela existência de vários estabelecimentos como bares, espetarias, petiscarias, restaurantes, pizzarias além de tantos outros espaços apreciados por quem mora nas redondezas, sobretudo aos finais de semana.

Mudanças vividas no cenário econômico da cidade foram apontadas pela geógrafa, pesquisadora e professora da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) Alessandra Telles, que em entrevista, destacou a importância da formação dos chamados subcentros para a conjuntura da economia local, salientando a integração promovida por esse processo: "Os subcentros representam uma relevante organização tanto espacial como econômica, pois integram nos bairros atividades que antes eram prioritariamente do Centro da cidade.

Por exemplo, se você conversar com algum morador do Tomba, Cidade Nova ou Sobradinho que já morava nesses espaços lá na década de 1970 eles hoje irão dizer que com essa configuração é tudo bem melhor, porque não vão precisar sair do seu próprio bairro para nada, pois tudo o que precisam vão estar dentro do próprio bairro".

Alessandra que também tem mestrado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutorado pela Ufs em Geografia, além de coordenar o Núcleo de Pesquisa e Análise do Território (NUPAT-UEFS) comentou também sobre um aspecto bem importante atrelado à formação dos subcentros urbanos: o fomento ao empreendedorismo local: "É visível o impacto causado por isso nas relações de trabalho, pois se observa um uma gama de estabelecimentos e pessoas que diariamente estão pelos bairros oferecendo produtos e serviços", disse.

São exemplos ainda desses subcentros os bairros da Cidade Nova, Tomba (representado na foto acima), Sobradinho, Conceição e Mangabeira (sobretudo na Avenida Ayrton Senna e Iguatemi, SIM (nas regiões da Avenida Artêmia Pires e Noide Cerqueira) e na Santa Mônica (nas regiões da Rua São Domingos e Avenida Getúlio Vargas).

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Sábado, 23 Novembro 2024

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