Paralisação dos professores da rede municipal segue até quarta-feira (16)

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Paralisação dos professores da rede municipal segue até quarta-feira (16)

Mobilização dos professores municipais ocorre após portaria que altera carga horária

Foto: Amaury Júnior

Trabalhadores em educação da Rede Municipal de Feira de Santana aprovaram paralisação de três dias, que teve início nesta segunda (14) e segue até a próxima quarta-feira (16). Na manhã de hoje, após a Assembleia que aconteceu na sede da APLB Feira, a categoria se dirigiu à Secretaria de Educação do Município, para cobrar resposta da pauta de reivindicações e revogação da Portaria da Reserva de Carga Horária que descumpre a Lei Federal 11.738 e aumenta carga horária dos professores em sala, e o cumprimento da Reserva de 1/3 de Carga Horária do Reda e da EJA.

A Presidente da APLB Feira, Marlede Oliveira, diz que a categoria está unida, e aprovou para revogar medidas que caracterizam como punição aos professores, através do aumento da carga horária em sala.

"Estamos indo para a Secretaria de Educação, nesta terça-feira (15) vamos para a Câmara de Vereadores, para a Câmara e na quarta-feira (16) vamos para a Secretaria de Administração. Porque o governo publicou, no final de semana, uma portaria perversa, Pablo Roberto publicou, tirando direitos adquiridos. Os professores, hoje, que têm 40 horas, trabalham 26 em sala de aula, 14 estão fora, que é o chamado AC do professor, para fazer as tarefas, corrigir aulas, os trabalhos de avaliações, fazer atividades, planejar, temos plano de aula, enfim. Pesquisar, tudo isso que o professor precisa ter. Foi uma luta que nós conquistamos. Ele chegou agora, está aumentando de 26 para 30 horas em sala de aula. Então, o professor não vai ficar mais fora a 14 horas, vai ficar somente 10 horas. Para quê? Para resolver o problema de falta de professores na cidade e o Reda também que precisa ter reserva. Então, ele agora deu um jeito, quer dizer, pune uma parte da categoria para poder ver se resolve o problema da falta de professores", reclama.

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A líder sindical diz ainda que vão fechar as escolas e não terá mais aulas. Ela diz que vai chamar os pais pra dizer que a falta de professores não vai ser resolvida com sacrifício dos mesmos. Oliveira ressalta que não é penalizando a categoria que será resolvida a questão.

"Nesse sentido, estamos indo pra Seduc e queremos que o secretário Pablo sente com a gente pra poder conversar, porque ele fez à revelia da gente. Nós estávamos lá discutindo, era salário, que ele não deu resposta. Cortou o salário de 20% do professor do Distrito em janeiro e não devolveu, até o momento. Diz que não vai devolver. Nós temos várias questões que ganhamos na justiça como corte de salário desde 2020, não devolveu também, são 4 anos, já 5 é fazer agora em maio. Mudança de referência, professor que fez pós-graduação, mestrado doutorado, tem 6 anos lá professores sem mudar a referência, enfim"

Marlede destaca que a Secretaria de Educação foi informada da necessidade da contratação de pelo menos 400 professores, assim como de problemas estruturais como falta de carteiras escolares, mas que contratou menos da metade dos educadores e que a educação no município é caótica.

"Então o que você está vendo aí é insatisfação da categoria com o governo, que não é novo, porque o governo tem 24 anos a fazer 30, então não tem nada de novo, agora o governo não vai resolver o problema aqui em Feira de Santana de botar professor em sala de aula punindo a nossa categoria, porque nós não somos responsáveis da falta de professores, falta de professor, os funcionários estão a receber salário, os cooperativados. Está o caos! Faltava carteira no início do ano, tem escola, tem aula sim e outro não. Eu disse ao secretário Pablo que ele precisava de 400 professores no início do ano, ele falou que só precisava de 100 e pouco, aí nomeou 192 efetivos e agora como viu que não vai preenche…

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Terça, 15 Abril 2025

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