Para formar profissionais qualificados e promover o desenvolvimento científico e tecnológico, o Ministério da Educação (MEC) executou políticas de pós-graduação junto às instituições de educação superior federais de todo o País. A pasta trabalha diretamente com o envolvimento de professores e pesquisadores em várias frentes, diversificando apoios e programas, em sintonia com as necessidades da pós-graduação brasileira.

O compromisso com ações inovadoras, o aperfeiçoamento da formação acadêmica e o desenvolvimento de pesquisas e publicações perpassam as linhas de atuação do ministério. Em 2024, o MEC atuou para garantir mais infraestrutura, sobretudo com programas de apoio à formação de professores .

Infraestrutura para a pesquisa – Por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao MEC, foram lançadas ações para fixar pesquisadores no território nacional e atrair mais pesquisadores estrangeiros. Foram criados programas com a finalidade de trazer ao País mestres e doutores do Sul Global, em especial da América Latina e do Caribe.

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Uma das iniciativas foi o lançamento d o Programa Institucional de Pós-Doutorado, realizado pela Capes . A medida promove a realização de estudos de excelência, a fixação de doutores no País, o fortalecimento de grupos de pesquisa nacionais, o aprimora mento d a atuação de doutores e o fomento da internacionalização dos programas de pós-graduação (PPG).

A retomada dos investimentos no pós-doutorado ocorreu em paralelo ao retorno do Programa Pró-Equipamentos, reativado após mais de uma década. Por meio d ele , será fortalecida a infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica , bem como a formação de mestres e doutores em áreas estratégicas , ampliando a competividade do Brasil no cenário mundial.

Já nas relações internacionais, foram enviados cerca de 25 mil pesquisadores para outros países e o Brasil recebeu, aproximadamente, 4 mil estrangeiros. Dois programas lançados pela Capes se destacam em políticas para reverter esse cenário e internacionalizar as instituições brasileiras: o Move La América e uma parceria com a Associação de Universidades do Grupo Montevideo (AUGM).

Fortalecimento da educação básica – O MEC também trabalha com a oferta de programas para garantir a qualificação dos estudantes . C om as 80 mil bolsas para o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência ( Pibid ) , o objetivo é inserir os estudantes de licenciatura na realidade da sala de aula. Quem já leciona na educação básica teve acesso à maior oferta da história do Programa de Pós-Graduação para Qualificação de Professores da Rede Pública de Educação Básica ( ProEB ) , que disponibilizou 7 mil vagas de mestrado profissional .

Cursos de extensão – Também este ano foram lança dos cursos que promovem a inclusão e devem formar mais de 1,2 milhão de professores. Um deles é o curso de extensão Formação para Docência e Gestão em Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola , realizado por parceria entre a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão ( Secadi ) do MEC , a Capes e a Universidade Federal de São João del -Rei (UFSJ) . A iniciativa visa qualificar profissionais da educação a atuarem n o enfrentamento às desigualdades étnico-raciais , além de promover o desenvolvimento de conhecimentos, saberes e práticas pedagógicas que valorizem tradições, culturas e línguas ancestrais ligadas à presença negra e quilombola.

Outra ação é o curso de extensão Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, também promovido pela Secadi e pela Capes. O curso visa desenvolver a formação de profissionais da educação básica para a efetiva inclusão de estudantes com deficiência nos sistemas de ensino comum . O desenho pedagógico do curso contou com a participação de especialistas da respectiva área e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro ( UFRRJ ). A formação é executada em parceria com as instituições públicas de ensino superior (Ipes) , que fazem parte da Universidade Aberta do Brasil ( UAB ) , utilizando-se de toda a competência e capacidade de oferta de formação já estabelecida no sistema UAB.

Premiações – O Prêmio Capes de Tese 2024 contou com 1.632 trabalhos de conclusão de cursos de doutorado inscritos, o maior número de participantes em todas as edições já realizadas. Ao todo, 225 instituições de todas as regiões do país concorreram ao prêmio . Especificamente para mulheres, a Capes promoveu a primeira edição do Prêmio Futuras Cientistas . Tal premiação reconhece o trabalho de ex-alunas e professoras das escolas públicas estaduais do ensino médio , assim como incentiva a participação feminina na ciência pela produção de excelência em pesquisa científica e tecnológica nacional e pela disseminação de informações.