Ensaio fotográfico em escola feirense gera autoafirmação em estudantes negros
Projeto culminou um ensaio fotográfico com comunidade estudantil
Para além das letras, números e aulas convencionais, o olhar negro dos professores da Escola Municipal Eduardo Fróes da Mota resultou em flash de liberdade, deu um close up no reconhecimento e focou na autoafirmação identitária de sujeitos cujos ancestrais foram silenciados ao longo do tempo.
Antes do ensaio, porém, numa proposta interdisciplinar, o professor Jonathas Porto, diretor da unidade escolar, que fica localizada no bairro Serraria Brasil, explicou que os estudantes do 6º ao 9º anos "desenvolveram pesquisas sobre a história e a cultura afro-brasileira e africana, além de trabalhos em grupo com apresentações artísticas envolvendo música, dança e teatro".
Feito isso, a escola, então, realizou a socialização com pais com a exibição de um vídeo do projeto que marcou a abertura da Semana da Consciência Negra. "Ficou muito evidente a alegria e o reconhecimento de todos em suas vibrações com a produção", comemorou o diretor, que é o autor das fotografias. Quanto aos resultados obtidos, ele não hesitou em destacar que a "autoafirmação e reconhecimento identitário foram as principais conquistas".
Quem também não escondeu a felicidade, foi a professora Suellen Costa (@suellensupscosta). "Eu fiquei emocionada com todo o desenvolvimento e o resultado final do trabalho. Lidamos com muitos estudantes que têm uma história de vida muito triste e marcada por preconceito. Por isso, valeu muito a pena ver o quanto eles estavam felizes e orgulhosos de participar desse projeto. A emoção de viver tudo isso foi surreal", concluiu a pró.
Todas as fotos foram publicadas no perfil da escola (@eduardofroes_fsa) em uma rede social e os personagens das fotos mais curtidas serão premiados. O projeto foi desenvolvido em novembro passado, as lições serão perpetuadas pelos estudantes envolvidos ao ganharem vida para além dos muros da escola.
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