Postos de combustíveis têm abastecimento normalizado na Bahia

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Postos de combustíveis têm abastecimento normalizado na Bahia

Falta de gasolina e diesel teria ocorrido por erro de logística das empresas distribuidoras 

Crédito: Divulgação

O desabastecimento que atingiu parte dos postos de combustíveis na Bahia no início desta semana foi normalizado, segundo o sindicato que representa os empresários do setor. Estabelecimentos de diversas partes do estado informaram que os estoques estão sendo regularizados nesta sexta-feira (2).

O secretário executivo do Sindicombustíveis Bahia, Marcelo Travassos, explica que a situação foi causada por um problema de logística envolvendo as distribuidoras, que fizeram um pedido trimestral abaixo do que efetivamente foi consumido. Segundo ele, os contratos para os próximos três meses foram renovados ontem.

"Uma coisa é um centro urbano como Salvador, onde uma distribuidora tem uma preocupação maior com a mobilidade na cidade. Outra é um distrito de uma cidade do interior, onde a preocupação não é a mesma, embora o problema tenha a mesma gravidade. Com uma estrutura menor, poderia causar problemas sérios", destaca.

O Sindicom, que reúne as distribuidoras com atuação na Bahia, ainda não se pronunciou. Na terça-feira, a entidade justificou que o desabastecimento foi "pontual" e causado pela alta procura por gasolina.

No posto BR do Dique do Tororó, por exemplo, novo carregamento dos produtos previsto para segunda-feira (29) só chegou na quarta, de acordo com um funcionário que pediu para não ser identificado. Foram dois dias de prejuízo. Já no posto de mesma bandeira, na avenida Anita Garibaldi, na saída do vale do Canela, a reposição veio atrasada e pela metade, 5 mil litros.

"Todos os pedidos, independentemente do local, do posto e da bandeira, feitos na semana passada, não foram entregues nas localidades. Posto que pediu 10 mil litros recebia 5 mil, pedia 20 mil recebia 10 mil", afirmou Travassos.

O abastecimento do estoque dos postos por meio das distribuidoras, para garantir o consumo pleno, é feito a cada dois dias, como determina resolução da ANP (Agência Nacional de Petróleo). É uma forma de evitar algum tipo de colapso e dar tempo para solucionar possíveis problemas.

"Nossa preocupação sempre foi fazer com que a ANP fosse envolvida no processo para que determinasse medidas que viessem a solucionar esse problema. Se você não tem produto na Bahia, você compra fora. Não tem só a refinaria Mataripe no Brasil. Em último caso, pode comprar em outra refinaria, importar ou ainda substituir o produtivo", alerta o diretor do Sindicombustíveis, em casos emergenciais.

Em nota, a ANP informou que "está monitorando o abastecimento de combustíveis na Bahia e não identificou, até o presente momento, fator de risco que possa indicar desabastecimento ao consumidor. Dessa forma, o mercado da Bahia encontra-se abastecido".

A redução anunciada pela Petrobras para esta sexta-feira (2) não terá interferência no mercado local. Praticamente todo o combustível consumido no estado é produzido pela Acelen, que comprou a refinaria Landulpho Alves no final do ano passado.

"O impacto de preço das refinarias Petrobras no mercado baiano é zero. Não vai influenciar em nada", explica Travassos.

Sobre a política de mercado praticada na Bahia, a Acelen informou que "os preços dos produtos produzidos pela Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete" e que aposta "em uma política transparente, amparada por critérios técnicos, em consonância com as práticas internacionais de mercado". 

 

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Quarta, 25 Dezembro 2024

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