Preço de petróleo volta disparar com novas sanções contra Rússia
As cotações do petróleo voltaram a disparar no mercado internacional neste domingo (6), após o governo americano confirmar que discute com países da Europa a proibição da importação de petróleo da Rússia, em resposta à invasão na Ucrânia.
Dados da Bloomberg apontam que o barril do petróleo tipo Brent chegou a bater a máxima de US$ 139,13 (R$ 706,11) na noite deste domingo no Brasil, com a reabertura dos mercados na Ásia. A alta reflete o temor de investidores pelos potenciais impactos econômicos da guerra.
Às 21h19, a commodity oscilava em alta de 9,22%, cotada a US$ 129,00 (R$ 654,70).
Na tarde deste domingo (6), o secretário de Estado americano, Anthony Blinken afirmou que os Estados Unidos estão "seriamente engajados" em uma discussão com a União Europeia sobre a possibilidade de proibir importações de petróleo russo.
O governo Biden está sob pressão dos legisladores americanos para dar mais esse passo, em resposta aos ataques da Rússia contra as cidades e a população ucraniana.
"Estamos em discussões muito ativas com nossos parceiros europeus sobre a proibição da importação de petróleo russo para nossos países, enquanto, é claro, mantemos um fornecimento global estável de petróleo", disse Blinken em entrevista à NBC.
O preço do petróleo já teve uma disparada de mais de 20% somente durante a semana passada, por causa dos conflitos no Leste Europeu, que reduziram a oferta proveniente da Rússia, uma das principais produtoras globais da matéria-prima.
Em entrevista à CNN também neste domingo, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen foi mais reticente sobre a proposta de corte de importações.
Antes de impossibilitar que Putin financie suas guerras, disse, a União Europeia deveria "se desfazer de sua dependência de combustíveis fósseis russos".
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