Novos atacadistas devem investir mais de R$ 500 milhões em Feira de Santana
Devem ser gerados mais de 600 empregos diretos e 3 mil indiretos.
Em breve a cidade de Feira de Santana contará com a inauguração de quatro novas unidades de supermercados atacadistas, com geração de mais emprego e renda para a população feirense, além de novas oportunidades de negócios, fortalecendo ainda mais o setor do comércio e serviços no município.
Estão em fase de implantação o Supermercado Mineirão Atacarejo, que está sendo construído no terreno onde funcionava o Colégio Estadual Ecassa, no bairro Capuchinhos; o Sam's Club, que será inaugurado no Boulevard Shopping; mais uma unidade do Hiperideal na Bahia, na Avenida Noide Cerqueira, além do Supermercado Economart, na esquina da Avenida de Contorno com a Noide, ao lado do viaduto Francisco Pinto.Em entrevista exclusiva ao Folha do Estado, a Associação Comercial de Feira de Santana (Acefs) informou que, segundo informações dos investidores, estes novos empreendimentos vão gerar em média 180 empregos diretos por unidade.
"Por consequência, a cada emprego direto, uma média de 4 a 5 empregos indiretos são gerados nas empresas fornecedoras de logística e terceirizados. Então estamos na expectativa na geração de aproximadamente 600 empregos diretos e mais 3 mil empregos indiretos", comemorou o presidente da entidade, Genildo Melo.
Política de investimentos
Conforme o presidente da Acefs, a economia de Feira de Santana é um ecossistema bastante complexo e diversificado. A posição geográfica da cidade tem um eixo rodoviário formado por importantes rodovias federais e estaduais, ou seja, um grande entroncamento rodoviário, talvez o maior do Brasil, e o porte de sua economia, por si só são atrativos para investimentos.
"Toda grande empresa deseja operar em Feira de Santana, na certeza de que obterá grandes resultados. A economia feirense nos últimos anos e até há décadas vem performando acima da média da Bahia e do Brasil, portanto, avaliamos que o momento econômico da cidade é bastante positivo e isso requer mais investimentos em infraestrutura, o que sem dúvida nenhuma em muito ajudará na captação de novos empreendimentos que possam contribuir e manter este desempenho positivo", salientou.
A mesma opinião é compartilhada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Wilson Falcão. De acordo com ele, a política agressiva de investimentos implementada pelo governo municipal tem colaborado para a captação e instalação de grandes empresas em Feira, saindo na frente de outras cidades, até mesmo da capital baiana.
"Feira de Santana, por si só, como 34ª cidade do país, maior do que 8 capitais, com sua pujança, por sua posição estratégica geográfica, fica a 800 km de Brasília, a 800 km de Fortaleza, de Vitória do Espírito Santo, então ela cresce sozinha, mas a política do município tem sido agressiva diante de todo esse processo de crise que o país atravessa. Gerar renda e emprego é a meta número um da administração. Estamos na posição de receber o empresário que aqui quer se estabelecer, facilitando todo esse trâmite com a Sedur (Secretaria de Desenvolvimento Urbano), a Procuradoria, o Planejamento e com o Meio Ambiente", afirmou Wilson Falcão ao Folha do Estado.
Ele ainda citou como resultado dessa política de atração, a inauguração no mês de março deste ano da primeira unidade fabril da Bahia, em Feira de Santana, da indústria Adimax Pet, uma das maiores fabricantes de alimentos para cães e gatos do país.
"Este é o segundo maior grupo privado no Brasil de produção de rações para animais de pequeno porte, como cachorros, gatos, entre outros. Eles estão implantados no distrito de Humildes, em uma área de 40 mil metros, gerando mais de 200 empregos diretos e mais de 600 indiretos. Estivemos na inauguração, ao lado do presidente, que chegou de Ribeirão Preto (SP), e eles têm sete indústrias implantadas no Brasil. Ele nos mostrou a posição de importância que Feira de Santana hoje tem por sua posição geográfica e como o Nordeste hoje requisita e compra rações. Também tivemos em uma luta corpo a corpo com o grupo Le Biscuit, que iniciou as obras agora no mês de maio com a terraplanagem, de uma área de 30 mil metros quadrados, também no distrito de Humildes, onde eles vão implantar uma grande indústria de produtos de limpeza, ou seja, estamos diante dessa crise saindo na frente de Salvador e Camaçari, porque não estamos perdendo tempo", revelou.
Circulação de renda
Conforme dados levantados pela Acefs, a chegada dos novos empreendimentos a Feira de Santana traz investimentos significativos que superam a casa de meio bilhão de reais para a economia local.
"Por avaliação de analistas e especialistas de mercado, esta aplicação de recursos é sempre de grande monta e depende se serão aplicados em reforma de uma loja já existente ou a aquisição, ou ainda aluguel de um imóvel para construção desde a fundação. Desta forma, esse movimento terá investimento extremamente significativo superando a casa de meio bilhão de reais, quando contabilizados aportes em obras, instalações, formação de capital humano, marketing, equipamentos, maquinários, veículos e a formação de estoques. Este investimento deve ser multiplicado e esperamos o acréscimo de mais alguns bilhões de reais de movimentação econômica em Feira de Santana", estimou Genildo Melo.
Ele ressaltou que a Acefs, em parceria com a gestão municipal e entidades ligadas ao setor da indústria, comércio e serviços, tem como missão apoiar a busca e consolidação destas empresas.
"Valorizamos o acolhimento destas empresas e buscamos o diálogo com os poderes públicos constituídos no âmbito municipal e estadual, concessionários de serviços públicos e, principalmente com a sociedade feirense. Este processo visa facilitar ou destravar possíveis embaraços na implantação e manutenção destes e de qualquer empreendimento que venha investir em Feira de Santana, por entendermos a importância desses investimentos."
Novo Centro Industrial
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Wilson Falcão, acrescentou ao Folha do Estado que o governo municipal mantém conversas permanentes com grupos de empresários e tem ainda um projeto de implantação de um grande centro industrial na BR-116.
"Nós somos procurados permanentemente por grandes grupos econômicos, a exemplo de uma empresa que queria uma área de 200 mil metros quadrados, e eles iriam fazer 100 mil metros de galpões industriais, em quatro módulos de 25 mil metros quadrados. As conversas são muitas, e eles vêm buscar incentivo do município, e a gente faz o que pode. O prefeito, em uma ideia ousada, mandou um projeto para a Câmara analisar a possibilidade de nós termos em Feira de Santana o nosso centro industrial aqui na BR-116, esse projeto está em discussão, e caso seja implantado, vai ter áreas que poderão ser vendidas para indústrias que manifestarem interesse, como centros logísticos ou comerciais, com valores subsidiados, como o estado fazia. Feira já permite isso, porque estamos em uma posição econômica de respeito no Brasil", informou.
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