Maioria dos cargos domésticos é ocupada por mulheres negras, revela pesquisa
A mão de obra doméstica na Bahia é predominantemente feminina
O Dia Internacional do Trabalho Doméstico é lembrado em 22 de julho. Com intuito de avaliar o contexto da profissão, a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) apresentou um estudo do panorama recente do mercado para o trabalhador doméstico baiano. A conclusão é que a maioria dos cargos é ocupado por mulheres negras. O contexto foi avaliado tendo por base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na Bahia, no primeiro trimestre de 2024, último dado disponível, havia 333 mil trabalhadores domésticos (aqueles que trabalhavam prestando serviço doméstico remunerado em dinheiro ou benefícios, em uma ou mais unidades domiciliares). No primeiro trimestre de 2024, a Bahia concentrava 5,6% e 24,4% do conjunto de trabalhadores domésticos no Brasil (5,896 milhões de pessoas) e no Nordeste (1,362 milhão), respectivamente.
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A mão de obra doméstica na Bahia é predominantemente feminina. No primeiro trimestre de 2024, por exemplo, 93,5% eram mulheres e 6,5% eram homens. Quando se leva em consideração a raça/cor da pele, os pretos e pardos compõem a maioria dos trabalhadores domésticos baianos. Neste período, na Bahia, 53,1% eram autodeclarados pardos, 34,1% se diziam pretos e 10,5% se consideravam brancos – portanto, 87,2% dos domésticos baianos se reconheciam da raça negra (preto ou pardo) no intervalo.
A maioria dos trabalhadores domésticos baianos, 54,4%, tinha de 30 a 49 anos de idade no período do estudo. Os demais grupamentos etários apresentaram os seguintes percentuais: de 14 a 29 anos, 17,2%; de 50 a 59 anos, 22,3%; e de 60 anos ou mais, 6,1%.
Na Bahia, no primeiro trimestre de 2024, no que diz respeito à escolaridade, considerando o nível de instrução mais elevado concluído, a maioria dos trabalhadores domésticos não finalizou o ensino fundamental. No mencionado intervalo, a distribuição era a seguinte: 41,1%, sem instrução ou com o fundamental incompleto; 20,4%, com fundamental completo; e 35,9%, com médio completo.
Do conjunto de trabalhadores domésticos da Bahia, a maior parte recebia até um salário mínimo, 91,1%. Enquanto isso, 7,3% deles recebiam de um a dois salários mínimos, no lapso temporal da pesquisa.
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