Dólar abre em leve queda com expectativas de inflação menor

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Dólar abre em leve queda com expectativas de inflação menor

Nesta terça, 4, a moeda americana deve operar em baixa liquidez

Crédito: Agencia Brasil

O dólar abriu em leve queda nesta segunda-feira (3) após ter registrado mais uma semana de queda e fechado o semestre com sua maior desvalorização desde 2020. As expectativas de queda de inflação e projeções otimistas para a economia brasileira têm apoiado o real ante a divisa.

Nesta terça, a moeda americana deve operar em baixa liquidez por conta do feriado de Dia da Independência nos Estados Unidos.

No Brasil, está prevista a divulgação do resultado da balança comercial no mês de junho. Investidores repercutem, ainda, as novas projeções para inflação no boletim Focus desta segunda.

Às 9h13 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,33%, a R$ 4,7731 na venda. Na B3, às 9h13 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,31%, a R$ 4,7975.

A Bolsa brasileira fechou o segundo trimestre com alta de 15,9%, a 118.087 pontos, em seu melhor desempenho trimestral desde dezembro 2020, apoiada pela perspectiva de queda de juros e pela melhora dos indicadores econômicos do Brasil, em especial a partir abril. No ano, o Ibovespa acumula alta de 7,6%.

Já o dólar registrou a maior queda semestral desde 2016, caindo 9,3% no acumulado do ano. A moeda americana perdeu força ante o real também por causa das projeções otimistas para a economia brasileira neste ano, o que atrai capital estrangeiro e impulsiona a divisa local.

No trimestre, a moeda americana acumulou queda de 5,54%, maior desvalorização da divisa desde março de 2022, e terminou o mês de junho cotada a R$ 4,788.

No pregão de sexta-feira (30), porém, tanto a Bolsa quanto o dólar fecharam em queda após a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos e ainda refletindo a reunião do CMN realizada na quinta-feira (29).

Pela manhã, o Departamento de Comércio dos EUA divulgou que os gastos do consumidor do país desaceleraram em maio, indo de 0,6% no mês anterior para 0,1%. Já o PCE, índice de inflação acompanhado pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano) para a tomada de decisões sobre juros, subiu 0,1%, após alta de 0,4% em abril.

Os dados de inflação sinalizaram uma desaceleração econômica e inflacionária nos EUA e alimentaram o apetite ao risco, favorecendo os ativos de renda variável e, com isso, depreciando o dólar. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante outras moedas fortes, caiu 0,41% nesta sexta.

Operadores alertavam, ainda, para maior instabilidade nos negócios antes da formação da Ptax de fim de mês e semestre nesta sexta. A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas ou vendidas em dólar.

Na Bolsa, o Ibovespa teve queda puxado especialmente pelas ações da Petrobras, que caíram 4,93% e foram as mais negociadas da sessão após a petroleira ter anunciado mais uma redução no preço da gasolina para as distribuidoras.

O índice também foi pressionado por uma queda de 1,81% da Vale, em dia de queda do minério de ferro no exterior.

Nos Estados Unidos, as Bolsas tiveram alta, apoiadas pelos dados de inflação. O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq subiram 0,84%, 1,23% e 1,45%, respectivamente. 

 

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