Mulheres recebem apenas 10% dos direitos autorais pagos pela indústria musical
Chamado de "Por Elas Que Fazem a Música", o documento analisa dados de mais de 60 mil associados da UBC pelo país
Mulheres que se dedicam à música brasileira seguem em posição desvantajosa em relação aos homens quando se trata de seus direitos autorais. De acordo com um relatório inédito que a União Brasileira de Compositores (UBC) lança amanhã, Dia Internacional da Mulher, somente 10% dos direitos autorais distribuídos no país em 2024 foram repassados a artistas femininas. O dado tem se repetido desde 2022, sem avanços. A informação é da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Chamado de "Por Elas Que Fazem a Música", o documento analisa dados de mais de 60 mil associados da UBC pelo país — com número crescente de mulheres, ano a ano. Entre eles, quem recebe direitos autorais são aqueles e aquelas que compõem canções, bem como que as interpretam, produzem, tocam instrumentos (executantes) e fazem novas versões de músicas (versionistas).
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Entre as mulheres, as autoras se destacaram, concentrando 73% do total recebido no ano passado pela parcela feminina ligada à UBC. Já as intérpretes corresponderam a 22,5%, enquanto as executantes concentraram somente 2,5% dos direitos, e as produtoras fonográficas, 1,5%.
Dos cem maiores nomes arrecadadores da UBC em 2024, apenas 12 foram mulheres.
Além da disparidade financeira, o estudo questionou as associadas da entidade sobre temas relevantes para o universo feminino. Assim, 76% delas afirmaram já ter sofrido discriminação de gênero no mercado musical, enquanto 66% relataram ter sido alvo de assédio no trabalho.
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