Moradora do bairro Tomba é escolhida Miss Afro Feira de Santana 2023

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Moradora do bairro Tomba é escolhida Miss Afro Feira de Santana 2023

Com teatro lotado, Moviafro finalizou a sexta edição do concurso 

Crédito: Rafael Oliveira

Foi realizada na tarde do último domingo (28), a final da sexta edição do Concurso Miss Afro Feira de Santana 2023, na edição que homenageou a militante Ivannide Santa Bárbara, matriarca do Movimento Negro de Feira de Santana. Após cinco meses de atividades como rodas de conversas, oficinas de formação, minicursos e palestras, 16 meninas e mulheres negras de Feira de Santana e uma de São Gonçalo dos Campos realizaram o desfile dividido em dois momentos onde se apresentaram para a plateia e para uma comissão julgadora.

Crédito: Rafael Oliveira

A banca foi formada por personalidades negras feirenses como a Ialorixá Graça de Nanã, o médico Gileno Junior, o geografo Daniel Pintto, e a bióloga Aline Daltro, entre outros nomes. A grande vencedora foi a moradora do bairro do Tomba, Geisa Borges, de apenas 15 anos, consagrada como a Miss Afro. Além de Geisa, foram eleitas também Lorena Lopes, do conjunto George Américo como 1ª Beldade Negra, Andressa Borges, também do bairro do Tomba como a 2ª Beldade e Rebeca Queiroz, moradora do bairro Santa Mônica, como a Miss Simpatia.

Crédito: Rafael Oliveira

Com o teatro do Centro de Cultura Amélio Amorim lotado em uma atmosfera bastante agradável, as finalistas viveram um momento único. Para o coordenador geral da Associação Cultural Moviafro e coordenador do concurso Val Conceição, tem sido uma verdadeira 'via crucis' manter as ações afirmativas da instituição. Segundo ele, a falta de apoio financeiro tem impossibilitado a continuidade de algumas dessas ações. "Por pouco essa final seria cancelada. Para que isso não acontecesse, foram necessárias a realização de rifas entre as finalistas, familiares e amigos para levantarem os valores que ainda assim não foram o suficiente deixando a coordenação com uma dívida de R$ 3.500", comentou Val Conceição.

O coordenador do concurso finaliza dizendo que entre outros sentimentos manter o Miss Afro é caminhar entre flores e espinhos, pois sempre que pensa em desistir, lembra da emoção e acima de tudo, do aprendizado que as participantes adquirem ao longo do concurso. "O Miss Afro é sim uma missão ancestral", resume Val Conceição.

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