Governo do Estado investe R$15 milhões no apoio de 112 projetos culturais

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Governo do Estado investe R$15 milhões no apoio de 112 projetos culturais

Durante o lançamento do edital Ouro Negro 2025, Governo do Estado investe na valorização de novos projetos

Fotos: Wuiga Rubini/GOVBA

Durante o lançamento do programa Ouro Negro 2025, realizado nesta segunda-feira (20), na praça Tereza Batista, no Pelourinho, em Salvador, o Governo do Estado garantiu o investimento de R$ 15 milhões para apoiar 112 projetos culturais com o foca na preservação da cultura negra na diáspora.

Na celebração, o babalorixá Pai Pote, responsável pelo terreiro Ilê Axé Ojú Onirê, de Santo Amaro, falou sobre a importância do incentivo. "Valoriza não só o terreiro, como todas as entidades. Tudo sai do terreiro: a capoeira, a samba de ronda, o maculelê. E agora a gente vai poder sair com as baianas para a lavagem, com sua alimentação, com um som de qualidade, sem pedir nada a ninguém. Isso é uma reparação para a população negra", relatou.

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Os projetos agraciados pela proposta contam com 8 blocos de samba, 35 afros, 18 afoxés e dois blocos indígenas, entre eles o Afoxé Filhos de Gandhy, o Bloco Olodum, o Bloco Ilê Aiyê, o Bloco Afro Malê Debalê e o Bloco Afro Didá.

Jerônimo Rodrigues falou sobre a necessidade do projeto. "Esse edital exercita a democracia. A cada ano ampliamos as faixas, amadurecemos o processo, que eu chamo de democratização das festas populares. Do Carnaval, das lavagens. E, para além dos festejos, nós estamos com um orçamento para que os grupos possam dar continuidade aos seus projetos culturais, educativos, de assistência, porque eu sei o quanto isso é importante para a gente enfrentar a fome e gerar mais emprego", referiu.

Bruno Monteiro também foi uma das importantes figuras presentes na festividade e comentou sobre o Edital de Incentivo aos Blocos de Matrizes Africanas. "Do ano passado para cá, no diálogo com os movimentos, possibilitamos também desfiles mais qualificados. A gente entende a importância do programa, mas ele nunca está pronto. Nós queremos sempre avaliar e debater, para que consigamos conquistar avanços sempre, sobretudo para o objetivo maior do Ouro Negro, que é a valorização da raiz, da história e da identidade da nossa cultura e do nosso carnaval", pontuou o secretário da cultura.

A titular da Sepromi, Ângela Guimarães relatou a necessidade do edital para a sociedade baiana. "Uma reivindicação pela diversidade, pela valorização da cultura e resistência negras, indígenas, do reggae, do samba, do samba-reggae, para que também estejam expressas nas manifestações culturais da Bahia. Tendo o Carnaval como esse carro-chefe, a gente conseguiu estadualizar, incorporar também o interior e antecipar a chegada desse recurso para que eles possam participar de todo o percurso das festas populares", declarou. 

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Terça, 21 Janeiro 2025

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