Com o tema "Resistência Cultural: Literatura, Educação e Liberdade", o festival tem como objetivo reunir os escritores e o público interessado nas diversas linguagens artísticas para refletirem sobre a literatura e as artes e suas conexões com a educação e a liberdade. A programação envolve mesas, conversas, saraus, música e oficinas, além do Slam Sul Bahia "Magnus Vieira" – competição de poesia falada.

As mesas e conversas têm nomes confirmados como os escritores e escritoras Aleilton Fonseca, Maria da Luz Leite, Marcus Vinicius Rodrigues, Marcos Luedy, Rita Santana, Efson Lima, Katiana Rigaud (Clube de Lu), Valdeique Oliveira (Café com poema), Lia Sena (Mulherio das Letras – Bahia), Clarissa Melo, Ramayana Vargens, Ruy Póvoas, Ana Lúcia Santos, Daniel – Ladrão de Livros, Alex Simões, Pawlo Cidade, Silmara Oliveira, Geraldo Magela, Adroaldo Almeida, Gabriel Nascimento, Mestra Janete Lainha, Jailton Alves, André Rosa, Luh Oliveira, Indy Ribeiro, Fabrício Brandão e Dan Gomez.

Nesta quinta-feira (17), além das mesas e conversas, haverá uma concentração cultural em frente ao Teatro de Ilhéus – ação que marcará a abertura oficial do evento com apresentações circenses e de grupos culturais da região. Todas as atividades do FLISBA são gratuitas e ocorrem em diversos pontos da cidade. A programação completa pode ser visualizada no link.

Segundo a organização do festival, esta será uma oportunidade ímpar para celebrar o retorno das atividades presenciais, a literatura e as artes como estratégias de resistência cultural. O FLISBA é uma realização de professores, estudantes, escritores e gestores culturais do Sul do estado e conta com o apoio das Academias de Letras de Ilhéus, Canavieiras, Itabuna e Grapiúna; além da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Espore do Estado da Bahia (Setre), Centro Público de Economia Solidária (Cesol) Litoral Sul e Casa de Taipa.

Duas personalidades marcantes da cultura Sul Baiana são homenageadas nesta edição: a professora Tica Simões e o professor Apolônio Brito, ambos com atuação expressiva na área da educação. Nascido em 1919, o professor Apolônio Brito é remanescente de quilombo e, no século XX, foi escravo por um ano em troca do enxoval de casamento de sua irmã, de acordo com informações do professor Samuel Mattos em sua obra "Apolônio, o multiplicador".

Já a professora Tica Simões se consolidou na carreira de ensaísta e docente na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) – antiga FESPI –, onde colaborou com pesquisas nas áreas da cultura e do turismo desenvolvendo diversas ações de fomento às áreas supracitadas. A educadora foi eleita recentemente para integra a Academia de Letras de Ilhéus e também faz parte da Academia de Letras de Itabuna desde a sua fundação.