Destaque: feirense Rachel Reis coloca MPB e arrocha para bailar
Cantora é aposta em podcast produzido pela Globo
"As pessoas que me escutam me associam a 'brasilidade'. Não sei, isso não é nem um gênero, né?", pergunta Rachel Reis, cantora de 24 anos, de Feira de Santana. Ela se destacou com a faixa "Maresia" em 2021 e finaliza o primeiro álbum completo para 2022.
O tal rótulo "brasilidade" parece amplo, mas na prática é usado para delimitar uma MPB um pouco pop, um pouco tropicalista. Tem a ver com o som da Rachel. Mas ela faz mais: bota arrocha e pagodão no baile - mais brasileira do que muito colega de rótulo.
A cantora de voz macia colocou "Maresia" de última hora no EP "Encosta", como faixa-bônus. Ela temia botar esse romantismo descarado na mistura. Mas deu onda.
A gastação e o louco
"A gente queria botar pagodão e arrocha no EP, mas minha ideia Inicial era que não fosse tão explícito, que fosse mais puxado assim pro lado da MPB. Mas aí a gente entrou na 'gastação': 'Vamos meter. Vamos jogar valendo."
O guitarrista Cuper, parceiro de Rachel no álbum, estava na ilha de Boipeba, na Bahia, quando ouviu um cara andando de bicicleta enquanto cantava com a voz arrochada parecida com a de Pablo. Era uma figura local, Fredinho O Louco. O vocalista convidado engrossou a mistura da faixa.
"Maresia" foi a mais tocada dela no ano passado, mas Rachel também foi bem com as outras faixas de "Encosta". O EP tem belas melodias com toques eletrônicos do produtor Zamba, que também trabalha com o Àttoxxá, e o gosto por sons caribenhos de Cuper.
A mistura está no sangue: a mãe, Maura Reis, foi cantora de seresta em Feira de Santana. A irmã, Sara Reis, foi para o forró. Rachel poderia tocar em rádio de MPB, no boteco, em festa de "brasilidades" ou na seresta sem perder a identidade.
As mais tristes do Caetano
A carreira teve idas e vindas. Aos 18 anos, ela se rendeu ao destino familiar musical e começou a cantar em barzinhos da região. Foram dois anos na função.
Mas Rachel perdeu o gosto pelos bares - e vice-versa: "Tinha barzinho que não me chamava mais porque o meu repertório era muito triste. Eu botava as mais tristes de Adriana Calcanhoto, Caetano e Peninha", diz aos risos.
Ela foi estudar Direito por um semestre e depois trocou por Publicidade. Mas a ideia de ser artista - desta vez com um trabalho autoral - voltou durante a pandemia, com faixas avulsas em 2020 e o EP em 2021. A voz com leve melancolia que os barzinhos rejeitaram brilha nestas músicas.
Mais que número de plays, ela fica feliz ao achar gente que quer acompanhar sua carreira: "As pessoas chegaram mais em mim, e sem aquela coisa de se empolgar e sair. Elas acabam ficando comigo".
O tal rótulo "brasilidade" parece amplo, mas na prática é usado para delimitar uma MPB um pouco pop, um pouco tropicalista. Tem a ver com o som da Rachel. Mas ela faz mais: bota arrocha e pagodão no baile - mais brasileira do que muito colega de rótulo.
A cantora de voz macia colocou "Maresia" de última hora no EP "Encosta", como faixa-bônus. Ela temia botar esse romantismo descarado na mistura. Mas deu onda.
A gastação e o louco
"A gente queria botar pagodão e arrocha no EP, mas minha ideia Inicial era que não fosse tão explícito, que fosse mais puxado assim pro lado da MPB. Mas aí a gente entrou na 'gastação': 'Vamos meter. Vamos jogar valendo."
O guitarrista Cuper, parceiro de Rachel no álbum, estava na ilha de Boipeba, na Bahia, quando ouviu um cara andando de bicicleta enquanto cantava com a voz arrochada parecida com a de Pablo. Era uma figura local, Fredinho O Louco. O vocalista convidado engrossou a mistura da faixa.
"Maresia" foi a mais tocada dela no ano passado, mas Rachel também foi bem com as outras faixas de "Encosta". O EP tem belas melodias com toques eletrônicos do produtor Zamba, que também trabalha com o Àttoxxá, e o gosto por sons caribenhos de Cuper.
A mistura está no sangue: a mãe, Maura Reis, foi cantora de seresta em Feira de Santana. A irmã, Sara Reis, foi para o forró. Rachel poderia tocar em rádio de MPB, no boteco, em festa de "brasilidades" ou na seresta sem perder a identidade.
As mais tristes do Caetano
A carreira teve idas e vindas. Aos 18 anos, ela se rendeu ao destino familiar musical e começou a cantar em barzinhos da região. Foram dois anos na função.
Mas Rachel perdeu o gosto pelos bares - e vice-versa: "Tinha barzinho que não me chamava mais porque o meu repertório era muito triste. Eu botava as mais tristes de Adriana Calcanhoto, Caetano e Peninha", diz aos risos.
Ela foi estudar Direito por um semestre e depois trocou por Publicidade. Mas a ideia de ser artista - desta vez com um trabalho autoral - voltou durante a pandemia, com faixas avulsas em 2020 e o EP em 2021. A voz com leve melancolia que os barzinhos rejeitaram brilha nestas músicas.
Mais que número de plays, ela fica feliz ao achar gente que quer acompanhar sua carreira: "As pessoas chegaram mais em mim, e sem aquela coisa de se empolgar e sair. Elas acabam ficando comigo".
Aos 24 anos, ela ainda faz os 3 últimos períodos da graduação em Publicidade enquanto prepara o 1º álbum completo. A produção é de Guilherme Assis e Barro, parceiros das primeiras faixas. Tudo indica que vai faltar tempo para o curso em 2022.
Com informações do G1.
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