CARU visita memórias de Feira de Santana no EP 'Paris, Bahia'

Cultura e EventosLançamento

CARU visita memórias de Feira de Santana no EP 'Paris, Bahia'

São cinco faixas, quatro autorais e uma regravação 

Crédito: Divulgação
Diz o feirense Carlos Pitta que todos os caminhos levam a Feira de Santana. E os caminhos sonoros convergem para a Princesa do Sertão. É nesse emaranhado geográfico que a feirense CARU, lança o EP 'Paris, Bahia', com cinco faixas e uma sonoridade do rock ao gypsy, misturando brasilidade com beats, sons mecânicos e guitarras, com espaço até para latinidades. São quatro canções autorais e a regravação da música 'Tô Voltando', um hino da volta do exílio, na década de 80, composta por Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós.

Aliás o título do trabalho - 'Paris, Bahia' -, surge de conversas entre CARU e o baiano Tom Zé, esse nascido em Irará, que carinhosamente apelida Feira de Santana de Paris. "Estava trocando e-mails com o Tom Zé sobre o meu tio Fernando Santos [primeiro professor de percussão da Universidade Federal da Bahia (UFBA)] e porque eu iria regravar uma canção dele. Isso já faz uns dois anos. Nessas trocas de e-mail, ele falou que nunca mais tinha ido a Paris. Mas só entendi quando Neusa fez o adendo depois: "até hoje ele chama Feira assim, de Paris", explicou. 

Em Diversidade Nordestina, faixa que encerra o EP, CARU explora sotaques, os estereótipos sobre os baianos e manda: 'O dia aqui é quente, não tem praia não, tem de repente violeiro fazendo repente ou forró pé de chão'. Poderia ser qualquer cidade do interior baiano, mas a cantora garante, é sobre Feira de Santana. "Eu queria falar de Feira. De onde eu vim. Mas de um jeito diferente. Feira pra mim, nesse primeiro viés, é Paris de uma mulher elegante. Vivência. Revoltada. Saudosa. Braba. Tieta. Cheirosa. Olhar firme. Cigana. Cosmopolita. Independente", completou.

A feirense, hoje radicada no Rio de Janeiro, trabalhou com nomes como Kassin e Capinan, no single 'Umbigo de Vênus', Bruno Giorgi, Tó Brandileone, na faixa 'Eu Gostaria', Julia Branco e Diogo Strausz. "Paris, Bahia nasceu após a gente mergulhar em memórias e significados", disse CARU.

 

Comentários:

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Já Registrado? Acesse sua conta
Visitante
Sábado, 30 Novembro 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.jornalfolhadoestado.com/