CARU visita memórias de Feira de Santana no EP 'Paris, Bahia'
São cinco faixas, quatro autorais e uma regravação
Aliás o título do trabalho - 'Paris, Bahia' -, surge de conversas entre CARU e o baiano Tom Zé, esse nascido em Irará, que carinhosamente apelida Feira de Santana de Paris. "Estava trocando e-mails com o Tom Zé sobre o meu tio Fernando Santos [primeiro professor de percussão da Universidade Federal da Bahia (UFBA)] e porque eu iria regravar uma canção dele. Isso já faz uns dois anos. Nessas trocas de e-mail, ele falou que nunca mais tinha ido a Paris. Mas só entendi quando Neusa fez o adendo depois: "até hoje ele chama Feira assim, de Paris", explicou.
Em Diversidade Nordestina, faixa que encerra o EP, CARU explora sotaques, os estereótipos sobre os baianos e manda: 'O dia aqui é quente, não tem praia não, tem de repente violeiro fazendo repente ou forró pé de chão'. Poderia ser qualquer cidade do interior baiano, mas a cantora garante, é sobre Feira de Santana. "Eu queria falar de Feira. De onde eu vim. Mas de um jeito diferente. Feira pra mim, nesse primeiro viés, é Paris de uma mulher elegante. Vivência. Revoltada. Saudosa. Braba. Tieta. Cheirosa. Olhar firme. Cigana. Cosmopolita. Independente", completou.
A feirense, hoje radicada no Rio de Janeiro, trabalhou com nomes como Kassin e Capinan, no single 'Umbigo de Vênus', Bruno Giorgi, Tó Brandileone, na faixa 'Eu Gostaria', Julia Branco e Diogo Strausz. "Paris, Bahia nasceu após a gente mergulhar em memórias e significados", disse CARU.
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