PF prende cantora golpel e mais sete pessoas suspeitas de incitarem ataques no dia 8 e janeiro
Medidas são cumpridas na Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal
A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta (17) 10 mandados de prisão e 16 de busca na 14ª fase da operação Lesa Pátria, que mira golpistas que incitaram e participaram dos ataques do dia 8 de janeiro. Ao menos oito pessoas já foram presas.
As medidas são cumpridas nos estados de Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.
Segundo a PF, os alvos desta fase "são suspeitos de terem fomentado o movimento violento chamado de "Festa da Selma", que era, em verdade, codinome previamente utilizado para se referir às invasões".
"O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído", diz a PF.
Um dos alvos é a cantora gospel bolsonarista Fernanda Ôliver, presa em Goiânia. Ela ficou conhecida como a musa dos ataques golpistas e participou do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.
Outro preso é Rodrigo Lima, influenciador bolsonarista que se apresenta em suas redes sociais como "político, gestor público, cientista político, professor, palestrante e escritor". Ele aparece em postagens ao lado de Jair Bolsonaro (PL) e criticando a CPI do 8 de janeiro.
A operação da PF tem origem nas quatro frentes de investigação abertas após os atos de 8 de janeiro.
Uma delas mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que pode alcançar Bolsonaro. Outra tem como objetivo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.
O terceiro foco da investigação PF são os vândalos. Os investigadores querem identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios históricos da capital federal.
A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.
Essas investigações deram origem as 14 fases ostensivas da Lesa Pátria até o momento.
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