ONU lança projeto "Sertão Vivo" para transformar o Ceará contra a seca
Iniciativa visa fortalecer resiliência climática de 250 mil pessoas no Ceará
A ONU está apoiando um ambicioso projeto chamado "Sertão Vivo" no Ceará, Brasil, com o objetivo de preparar a população rural para enfrentar as irregularidades climáticas, incluindo chuvas escassas e secas prolongadas. Este esforço se concentra em sistemas agroflorestais integrados e no manejo sustentável da terra para aumentar a fertilidade do solo e a capacidade de armazenamento de água.
Com o apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do governo do estado, o projeto visa beneficiar mais de 250 mil pessoas em 72 municípios. Além de evitar a emissão de 11 milhões de toneladas métricas de CO2, o "Sertão Vivo" busca capacitar mulheres, jovens e comunidades tradicionais, fortalecendo a segurança alimentar regional.
O projeto chega em um momento crucial para o Brasil, onde a insegurança alimentar afeta mais da metade da população. Na região Nordeste, quatro em cada dez famílias enfrentam preocupações com o acesso e a qualidade dos alimentos. Rossana Polastri, diretora regional do Fida, destaca que a agricultura familiar pode desempenhar um papel essencial na redução da fome e da pobreza, graças às práticas de produção sustentável promovidas pelo "Sertão Vivo".
A iniciativa não só transforma a gestão da terra, mas também investe em infraestrutura de pequena escala, como cisternas, provendo soluções duradouras para os desafios climáticos do semiárido. Desde 1980, o Fida tem investido no Brasil, promovendo a resiliência das comunidades rurais e impulsionando o desenvolvimento sustentável. Com "Sertão Vivo", o Ceará lidera um novo modelo de combate às mudanças climáticas e à pobreza.
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