Médico nordestino é condenado a pagar R$ 550 mil por fraude em cota universitária
Ele é acusado de fraudar o sistema de cotas raciais, alegando ser pardo
A Justiça condenou um médico recém-formado a pagar R$ 550 mil à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), onde o jovem concluiu a graduação no ano passado. Ele é acusado de fraudar o sistema de cotas raciais, alegando ser pardo.
O tribunal determinou o valor de R$ 50 mil para indenização por danos morais, enquanto os danos materiais foram estabelecidos em R$ 7.000 para cada mês de curso, totalizando cerca de R$ 500 mil -a graduação de medicina dura em torno de seis anos.
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De acordo com o Tribunal Regional Federal da 5ª região, Rocha não possui características físicas que comprovem a declaração no momento da inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
A defesa do médico afirmou que irá recorrer, porque a decisão ela viola os preceitos constitucionais e que o sistema de cotas raciais não se restringe exclusivamente aos pretos, mas também inclui os pardos, reafirmando a autodeclaração de Rocha.
"O MPF ressalta que a aparência física do candidato é imprescindível para assegurar o direito à cota racial, pois são justamente as características físicas (fenótipo) próprias das pessoas negras (pretas ou pardas) que as tornam vítimas de preconceito racial na sociedade brasileira", afirmou a Procuradoria.
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