Juventude indígena: líderes da próxima geração na luta climática global
Jovens indígenas se preparam para a COP30, levando suas vozes aos fóruns internacionais
Na semana passada, a sede da ONU em Nova Iorque recebeu o Fórum Permanente sobre Questões Indígenas, focando no fortalecimento do direito dos povos indígenas à autodeterminação, com destaque para a juventude. Entre os participantes, estava Taily Terena, uma jovem líder brasileira do Mato Grosso do Sul, que enfatizou a importância de amplificar a voz dos povos indígenas nos debates climáticos globais.
Taily, filha do influente líder indígena Marcos Terena, destacou como a juventude indígena está se organizando para a COP30, que ocorrerá no Brasil em 2025. Ela falou sobre o Fórum Internacional da Juventude Indígena sobre Mudanças Climáticas, uma plataforma onde jovens aprendem com os mais velhos e ganham experiência para aumentar sua incidência política nos fóruns internacionais.
Durante o Fórum Permanente, Marcos Terena, pioneiro no movimento indígena, trabalhou na criação de um Conselho dos Anciões, destinado a reconhecer e consultar líderes veteranos. A ideia é fortalecer a intergeracionalidade e garantir que os jovens líderes recebam orientação e conhecimento daqueles que começaram a luta pelos direitos indígenas.
A preparação para a COP30 inclui uma comissão internacional de povos indígenas, anunciada pelo Ministério dos Povos Indígenas do Brasil. Taily e outros jovens líderes estão se organizando para garantir participação ativa nesse processo. Ela ressalta que, enquanto os movimentos sociais não indígenas se mobilizam, a juventude indígena precisa liderar, pois suas comunidades são profundamente afetadas pelas mudanças climáticas.
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