Diretor da Aneel diz que Brasil tem ‘sobreoferta gigantesca’ de energia elétrica

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Diretor da Aneel diz que Brasil tem ‘sobreoferta gigantesca’ de energia elétrica

Sandoval Feitosa citou potencial País para novas tecnologias

Crédito: Reprodução

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, informou nesta terça-feira (30) que o Brasil tem "uma sobra gigantesca" de energia. Ele citou o potencial País para novas tecnologias, como a exploração das eólicas offshore. Entretanto, defendeu que o crescimento seja eficiente, com uma legislação que não preveja subsídios.

"Estamos num momento hoje com uma oferta estrutural e conjuntural de energia. Está sobrando energia no País, estou falando em um contexto mais amplo, é claro que em alguns locais pode haver algum problema, mas temos uma sobreoferta gigantesca", disse em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado. "O que temos que fazer é permitir que Brasil cresça", afirmou o diretor.

Posterior dados apresentados pelo diretor, o País tem atualmente 180 gigawatts (GW) de capacidade instalada. Além de que, há mais de 240 GW previstos em projetos aprovados e em análise pela agência.

"Temos uma capacidade de projetos maior do que nossa capacidade instalada. Isso sem falar de outros projetos hidrelétricos que podem ser viabilizados, sem falar da exploração eólica offshore. Então esse é o ambiente que nós temos. Temos um bom problema pela frente. O bom problema é fazer uma legislação que permita o crescimento eficiente, sem subsídios", disse.

Em meio a duras críticas de senadores presentes na Comissão, que contestam a agência reguladora sobre os valores pagos pelos consumidores, Feitosa afirmou que a Aneel é a autoridade tarifária do setor elétrico brasileiro. Entretanto, reforçou que a agência apenas segue as diretrizes postas em leis e em políticas do governo federal.

"É a Aneel que define tarifas. No momento em que falei que não tem discricionariedade é que, uma vez que o Congresso insere um custo por lei, sou obrigado a colocar na tarifa. Quando o MME (Ministério de Minas e Energia), por meio da Empresa de Pesquisa Energética, define pela contratação de linhas de transmissão, sou obrigado a fazer o leilão e aquele custo sou obrigado a lançar na tarifa", exemplificou Sandoval.

Feitosa reiterou que a agência reguladora está à disposição dos parlamentares para formular os cálculos possíveis para que possam ser encontradas soluções para as distorções nas contas de luz e custos embutidos. "Não temos nenhum interesse em aplicar tarifas mais altas para nenhum lugar do País." 

 

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