Comissão da ONU examinará violência policial no Brasil
No mês de abril, a chacina na Vila Cruzeiro e a morte de um homem por asfixia foram cometidas pela polícia
Uma Comissão criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) para examinar o racismo e a violência policial, depois do assassinato do americano George Floyd, irá avaliar a situação no Brasil, após os casos recentes da chacina em Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, que terminou com mais de 20 mortos, e a morte de Genivaldo Santos, asfixiado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no porta-malas de uma viatura.
De acordo com a coluna de Jamil Chade, no UOL, os peritos do órgão receberam a denúncia contra a polícia brasileira, num documento que revela que os atos na Vila Cruzeiro não são isolados. O levantamento aponta diversos casos de violência policial e apontou que a situação piorou com discursos do presidente Jair Bolsonaro (PL) em defesa da polícia.
A denúncia foi entregue por um grupo de ativistas formadas por alguns dos maiores especialistas em direitos humanos no Brasil para buscar, no exterior, pressão sobre a deterioração da violência policial no país.
Os ativista solicitaram que a Comissão da ONU pressione o governo brasileiro sobre "a necessidade de refletir estruturalmente sobre outras abordagens que erradicam a prática das execuções pelas forças policiais, em particular contra pessoas de ascendência africana que vivem em áreas desprivilegiadas".
"Os massacres passaram a fazer parte do cotidiano da população pobre e negra da região do Grande Rio de Janeiro, afetando muitos dos bairros mais pobres e negros desta região metropolitana", alertam.
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