Associação que reúne cervejarias acusa Ambev de rombo de R$ 30 bilhões
'Inconsistências', neste caso, viram de operações com créditos tributários
Estudo encomendado pela Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) aponta um rombo de R$ 30 bilhões nas contas da Ambev, empresa controlada pela 3G Capital. Com informações da coluna Radar, da revista Veja.
Os sócios à frente desta fabricante de cerveja são os mesmos acionistas de referência da Americanas, rede varejista que entrou em recuperação judicial em janeiro: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, três dos cinco brasileiros mais ricos do mundo. Se a Americanas é um dos negócios mais antigos do trio da 3G, a Ambev é a joia da coroa.
O levantamento da CervBrasil, feito pela consultora AC Lacerda, aponta um inflacionamento supostamente artificial de componentes do refrigerante, o que elevaria o valor de créditos tributários a qual a Ambev tem direito. De acordo com o diretor-geral da CervBrasil, Paulo Petroni, a irregularidade é feita desde 2017.
No caso da varejista, o rombo detectado na contabilidade se refere a operações de risco sacado, em que bancos foram acionados para pagar débitos com fornecedores. Este empréstimo não foi corretamente registrado nos balanços contábeis. Sua revelação, em 11 de janeiro, ocasionou a queda do CEO, Sérgio Rial – com 10 dias no cargo – e a desidratação das ações na bolsa, que foram de R$ 12 a uma cotação menor do que R$ 1.
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