Segundo o Relatório Luz, apenas 7% dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) avançaram satisfatoriamente no Brasil. Alessandra Nilo, co-facilitadora do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para Agenda 2030, atribui o progresso lento à gestão inadequada da pandemia de Covid-19 e à falta de priorização das políticas sociais e climáticas.

Dos 168 objetivos avaliados, 58 tiveram algum avanço, embora insuficiente para garantir o alcance das metas até 2030. A reestruturação de ministérios e a reorganização das políticas de participação social são mencionadas como passos positivos, mas que ainda carecem do orçamento necessário para uma implementação eficaz. A falta de destinação orçamentária é um dos principais obstáculos apontados.

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Alessandra destaca que a questão fiscal no Brasil limita a alocação de recursos essenciais, dificultando a execução de políticas que atendam às necessidades da população. Além disso, a especialista critica a atuação do Congresso Nacional, que, segundo ela, impede avanços devido à disputa de poder, comprometendo os direitos da população.

Para superar esses desafios, é fundamental focar em três áreas críticas: fome, saúde e governança. Alessandra enfatiza que garantir a segurança alimentar é crucial para o desenvolvimento de outros pilares, como a educação. Ela também defende a transformação do modelo econômico brasileiro para entregar serviços de qualidade à população, refletindo em melhorias nos indicadores de desenvolvimento sustentável.