28 casais homoafetivos dizem “sim” em cerimônia romântica e política contra a discriminação

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28 casais homoafetivos dizem “sim” em cerimônia romântica e política contra a discriminação

Cada casal teve toda sua situação documental resolvida nos registros públicos, com a ajuda do projeto 
Fotos: Casamento / Sérgio Figueiredo
Morando juntos há cerca de um ano, Jundaraí Moreno e David Michel sempre pensaram em se casar. Hoje, dia 12, eles realizaram o sonho no Salão Nobre da sede do Ministério Público estadual durante a segunda edição do projeto "Sim ao Amor", que realizou o casamento civil de 28 casais homoafetivos, numa cerimônia marcada pela emoção. "Esse casamento coletivo é a celebração do amor, de histórias de vidas que se entrelaçam, e da afirmação da liberdade e igualdade de direitos", afirmou o procurador-geral de Justiça Pedro Maia, que destacou a emoção de presenciar o momento de vitória sobre o preconceito. "Essa celebração mostra que todos somos iguais e o amor se manifesta de diversas formas e todas são justas", disse Pedro Maia. Alegria e uma honra foram as expressões usadas pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado da Bahia, Felipe Freitas, para definir o que setia diante dos casais. "A celebração de amor é sempre algo muito bonito. Quando falamos de pessoas LGBTQIA+, o casamento representa ainda mais, representa uma convocação para todos a construir um mundo com mais justiça e igualdade".


Um momento de celebração para todos os que lutam pela igualdade de direitos, conforme destacou o coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (Caodh), promotor de Justiça Rogério Queiroz. "Hoje, estamos aqui para celebrar o amor da forma mais pura e verdadeira. Quando pensamos no amor, pensamos em algo que transcende todas as diferenças, se fortalece nas dificuldades e brilha nos momentos mais difíceis. Celebramos esse momento tão especial para cada um de vocês e também a vitória do amor sobre o ódio, aceitação sobre o preconceito e da coragem sobre o medo", afirmou. Os casais, lado a lado, de mãos dadas e vestidos com trajes nupciais, entraram no salão nobre, onde seus familiares esperavam emocionados. A celebração da igualdade foi presidida pela juíza de direito Maria Angélica Matos e marcada pela diversidade e pluralidade religiosa, que teve como delegatários um padre católico, uma Ialorixá, uma líder espírita e uma pastora evangélica. O padrinho dos casais foi o promotor de Justiça Millen Castro que, muito emocionado, falou da experiência de "se ver" em cada um dos casais. "Assim como vocês, eu também encontrei o amor fora da heteronormatividade. Me emociona ver cada um de vocês, com histórias tão parecidas com a minha. Nós vivemos tempos bons, onde somos fortalecidos no nosso direito de amar e de sermos reconhecidos e respeitados para que possamos ser quem de fato nós somos", celebrou Millen Castro, que fez o brinde aos casais.

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Cada casal teve toda sua situação documental resolvida nos registros públicos, com a ajuda do projeto "Viver com Cidadania", do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Cíveis (Caocife), que cuidou da habilitação para o casamento e da retirada das certidões atualizadas necessárias para a efetivação de cada casamento. "Devidamente casados, eles têm garantidos direitos dos mais diversos, que vão de questões patrimoniais, direitos de família, previdenciários e de sucessões, por exemplo", afirmou a coordenadora do Caocife, promotora de Justiça Aurivana Braga. Realizado pelo MPBA através dos projetos institucionais 'MP+ Diverso' e 'Viver com Cidadania', o 'Sim ao Amor' conta com o apoio do Grupo Qualivida, da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen-BA), da residência de idosos Abrigo do Salvador, da Comissão LGBTQIA+ do Poder Judiciário da Bahia (PJBA), da Ana Portuguesa Decoração, da Uber, Atakarejo, Tables&Flowers, Terreiro Axé Abassá de Ogum, Mães da Resistência, IBCM, Dois Terços e Delicatessen Doce e Pão. O próximo "Sim ao Amor" terá inscrições abertas a partir de agosto e será realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, por meio da sua Corregedoria.

Fonte: Ministério Público

 

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