Ponto e Vírgula 13/10/2021
Sobe - Estadão, por descobrir e denunciar emendas para parlamentares sem as devidas fiscalizações, chamadas de "cheque em branco" no valor de R$3,4 bilhões.
Desce - Deputados e senadores, que votaram favoráveis às emendas "cheque em branco" para distribuição de recursos públicos para prefeituras e estados, sem regras de transparência.
Escândalo
A reportagem do Estadão/Broadcast apurou que na campanha do último ano, verbas foram enviadas para prefeituras comandadas por familiares dos congressistas através do "cheque em branco". Além de "emenda cheque em branco", a prática têm sido chamada de "PIX orçamentário". Especialistas e órgãos de controle veem margem para desvios de dinheiro público. Para o ano que vem, R$3,4 bilhões já foram disponibilizados. Os parlamentares falam em agilidade nas transferências, mas estão pouco preocupados com a transparência.
Fazendo contas
Fazem 12 dias que, em um evento patrocinado pela AFAS, num canto da solenidade trocavam figurinhas o pré-candidato a deputado estadual Pablo Roberto e o possível candidato a deputado federal, Zé Chico. Pela conversa no pé do ouvido, deveriam estar discutindo como Ronaldo, Colbert e Fernando de Fabinho trabalhariam para dividir votos do grupo entre os possíveis candidatos.
A divisão
Um observador que a tudo acompanhava juntamente com um outro curioso, botou veneno: "Essa divisão vai ser fácil, do grupo aqui, tem Zé Chico e Sérgio Carneiro para federal, e mais os federais do grupo de Ronaldo e Colbert de outras cidades que já encontraram facilidades para o ingresso aqui na cidade, e já somam 10 nomes. O mais novo é um tal de Dal, que está saindo do PC do B, para apoiar a candidatura de Neto, e por isso, já está sendo agraciado com lideranças aqui de Feira de Santana. Isso do mesmo grupo!", exclamou.
Lascados
Um falou sobre o federal e o outro, bocudo, disparou: "Lascados estão Pablo e Geilson, porque só de Feira no grupo, tem mais 12 pré-candidatos a deputado estadual. Que além de pedirem divisão de votos às lideranças, vão atazanar os cabos eleitorais dos seus concorrentes, além de fazer encarecer a candidatura desses. E claro, que tem ainda os de fora, abençoados pelas grandes lideranças com lembranças de votos". Eles esqueceram, mas é bom botar na conta os nomes de Tom e Lulinha, que farão mais barulho do que todo mundo junto, no quesito reclamações.
Busca
A cúpula do União Brasil, partido que será formado com a junção do DEM e PSL, busca outras siglas para se fundir ou formar uma federação, o que significa atuar juntos e compartilhar recursos do fundo partidário e eleitoral por quatro anos. Dirigentes dizem já ter iniciado conversas com legendas pequenas e médias, mas não detalham quais são. Juntos, PSL e DEM terão 81 deputados, mas parte deles deve sair ano que vem na janela partidária, em abril.
Irredutível
O prefeito Dr. Adriano (PSB), do município de Mundo Novo, se pronunciou a respeito da nota do seu partido, divulgada na manhã de segunda-feira, 11, sobre o apoio que ele declarou a ACM Neto para as eleições 2022. Dr. Adriano disse que ficou surpreso com a nota do PSB. "Me causou estranheza porque não foram poucas as vezes que eu falei a representantes do PSB sobre o tratamento que estava sendo dispensado pelo governo do estado com relação a nossa administração aqui em Mundo Novo", disse. Ainda segundo o prefeito, o governador Rui Costa não atendeu a nenhum dos pleitos que ele solicitou ao município.
90 dias
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 90 dias dois inquéritos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e aliados. O primeiro apura se Bolsonaro teria tentado interferir na Polícia Federal para beneficiar aliados e familiares. Já o segundo investiga supostas "milícias digitais", envolvendo aliados do governo, que teriam atentado contra o Estado democrático de direito.
CPI da Covid
As provas obtidas através da investigação feita pela CPI da Covid no Senado levantaram informações ou provocou a abertura de pelo menos oito procedimentos em curso em seis órgãos de controle. Os trabalhos do colegiado ainda não foram finalizados. A votação relatório final está prevista para o dia 20. Após meses de oitivas e levantamento de provas, o senador relator Renan Calheiros (MDB-AL) vai elaborar um documento onde vai listar responsáveis por crimes na pandemia, vai sugerir indiciamentos e aprofundamento de apurações e será encaminhado aos órgãos responsáveis por investigar e pedir punição na Justiça, no Congresso e nas esferas administrativas.
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.