SUJEIRA E INSEGURANÇA AFUGENTAM CONSUMIDORES DO CENTRO DE ABASTECIMENTO
EDITORIAL DA SEMANA
Maior entreposto comercial do gênero no interior da Bahia, um dos maiores localizado nas regiões Norte e Nordeste do País, com capacidade para abrigar mais de quatro mil feirantes, o Centro de Abastecimento amarga a rejeição provocada pela precária estrutura. Falta de segurança e imundice são dois dos principais pontos em comum alegados por representantes de diversos setores organizados da sociedade para se distanciarem daquele mercado público.
Alfredo Falcão
O vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Alfredo Falcão, defende a adoção de medidas pontuais para revitalização do entreposto comercial. Ele considera que uma reforma estrutural é necessária para atrair a clientela. Ele defende a adoção de reformas no espaço para tornar atrativo também para os feirantes que se deslocaram para a Rua Marechal Deodoro e a Praça Bernardino Bahia. Na avaliação de Alfredo Falcão, o Centro de Abastecimento é um equipamento espetacular para dar vazão à agricultura familiar. "Aqueles feirantes da Rua Marechal Deodoro e da Praça Bernardino Bahia são da agricultura familiar. E no Centro de Abastecimento temos quatro mil pontos de vendas, que poderiam recebê-los", concluiu.
Humberto Cedraz
Para o jornalista e empresário Humberto Cedraz, é justamente a falta de estrutura que afugenta consumidores e comerciantes do Centro de Abastecimento. Justamente por isso, o equipamento amarga a rejeição de vendedores ambulantes de hortifrutigranjeiros, que não abrem mão de permanecerem no centro da cidade, principalmente ao longo da Rua Marechal Deodoro e da Praça do Lambe-lambe.
Quem conhece o Centro de Abastecimento é enfático em afirmar os motivos pelos quais suas famílias não fazem feira neste entreposto comercial. "As famílias não fazem feira no Centro de Abastecimento, o que não é um caso de agora. Isto já é há muito tempo. Falta segurança necessária para transitar livremente e até as questões de higiene não são favoráveis. Eu, particularmente, adoro o Centro de Abastecimento. Inclusive chego a almoçar com os amigos por lá", afirma o jornalista Humberto Cedraz. Para Humberto, se fazem necessárias intervenções pontuais para fazer frente ao problema. "Eu gostaria que lá fosse um lugar mais aprazível, a exemplo de outros mercadões pelo mundo. Eu conheço mercadões, muitos mesmo, e o de Feira de Santana deveria ser a nível regional.
Feira de Santana necessita de uma Ceasa separada do varejo. E não é de agora. Ronaldo, Colbert e Tarcízio já deveriam ter se mobilizado para esta questão", alertou. Na avaliação dele, se o Governo Municipal não dispõe de condições para enfrentar sozinho a empreitada, deve ser viabilizada através de uma PPP (Parceria Público Privada). "Área já foi elencada, o terreno já foi disponibilizado, e por que não se abre uma PPP? Isso é urgente, urgentíssimo!!! E isso só faz valorizar o município e alavancar a possibilidade de ser um distribuidor, não só para Feira de Santana como para toda a região, além de gerar muitos empregos", concluiu
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