Governo quer relocar Ceasa sem diálogo com comerciantes
EDITORIAL DA SEMANA
Mesmo entendendo a necessidade da Ceasa ser relocada para local mais amplo e de melhor acessibilidade, comerciantes do setor atacadista de hortifrutigranjeiros do entreposto comercial reclamam da falta de sensibilidade do Governo Municipal de Feira de Santana para um salutar diálogo com a categoria sobre a questão. A presidente da Associação dos Comerciantes e Trabalhadores do Centro de Abastecimento, Edmária Medeiros, relata a tentativa frustrada da categoria discutir com o prefeito Colbert Martins Filho sobre o processo de relocação diante da falta de diálogo.
"Querem nos empurrar goela a baixo o projeto de relocação sem ouvir nossa opinião, nossas necessidades e as necessidades dos nossos clientes", lamenta. O receio maior da representante dos comerciantes da Ceasa é relacionado aos riscos do setor atacadista de hortifrutigranjeiros sofrer prejuízos irreversíveis ou mesmo desaparecer, caso o novo equipamento seja instalado em local inadequado. "O que ouvimos até agora é a possibilidade de sermos transferidos para o distrito de Humildes, mas a nossa idéia seria a instalação em uma área ao longo da BR 116, nas imediações da UEFS, facilitando toda nossa dinâmica de funcionamento", revelou.Somente na Ceasa, no Centro de Abastecimento, trabalham atualmente cerca de 500 atacadistas do setor
de hortifrutigranjeiros, dos quais inclusive gente de fora que mantém pontos fixos. As tentativas frustradas de
audiência pública com o prefeito Colbert Martins está deixando a classe produtora apreensiva.
audiência pública com o prefeito Colbert Martins está deixando a classe produtora apreensiva.
"Queremos saber como faremos. Não nos opomos à relocação, mesmo porque já sabíamos que mais cedo ou mais tarde isto ocorreria. Entretanto, o que necessitamos é de sermos ouvidos através de uma audiência com o prefeito. Já foi feita a solicitação, ficaram de marcar e até o momento não marcaram. Há cerca de 15 dias enviamos ofício com representantes de alguns galpões, solicitando conhecer detalhes do projeto, mas de nada fomos informados", lamenta.
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