Construção do Campus da UFRB

Construção do Campus da UFRB

Depois de um longo período afastado das nossas atividades jornalística para o tratamento da saúde, estamos retornando e espero que desta vez seja em definitivo.

Feira de Santana em virtude da sua localização geográfica, por onde passam as principais rodovias federais que ligam o Brasil de norte a sul, transformaram a nossa "Princesa do Sertão" como o maior e mais importante entroncamento rodoviário das regiões norte e nordeste do País, de fundamental importância para que a "Princesa" passasse a registrar índices de crescimento populacional e de desenvolvimento econômico bem acima da média dos demais municípios brasileiros. Isoladamente possui 624.107 habitantes (IBGE 2022) PIB de R$ 18,738 bilhões o que representa o 37º maior PIB do País e renda per capta de R$ 24,46 mil. é a segunda maior cidade do Estado da Bahia e supera oito capitais brasileiras em população.

Em tempo: - o historiador são-gonçalense, Geraldo Pereira (falecido), nos disse certa feita, que a BR-116 (também conhecida como Rio/Bahia) no projeto original não estava previsto passar por Feira de Santana, e sim por São Gonçalo dos Campos, pelo Distrito de Umburanas, atual município de Antônio Cardoso, seguindo em direção ao Distrito feirense de Humildes pela estrada velha em direção a Santo Amaro, São Sebastião do Passé com destino a capital, Salvador, sua parada final.

Ainda segundo o historiador, a intervenção e o prestígio do deputado federal feirense, Arnold Silva, junto ao ministro dos Transportes na época, Vasco Filho, foi decisivo para que o projeto fosse alterado e o percurso estendido em mais 40 quilômetros para que a rodovia passasse por Feira de Santana, condição que deu a cidade de se transformar em um local estratégico de ligação via rodovia entre o norte e nordeste ao sul do País, consequentemente se transformando e ostentando a posição de importante entroncamento rodoviário. Intervenção decisiva para que Feira de Santana viesse a ocupar e exercer a importância que ela desfruta atualmente no cenário socioeconômico nacional

Entendemos que em função dos fatos acima citados, a cidade de Feira de Santana que já era reconhecida como um grande centro para compra e venda de gado, com o Campo do Gado ditando as regras e valores para a compra e venda de bovinos e no preço final da arroba do boi no varejo do mercado baiano e demais estados das regiões norte e nordeste sediava, também, um forte comércio de couro e seus derivados: (selas, mantas, arreios, cordas, jalecos, roupas, etc.).

Com a construção da rodovia BR-116 sul (também conhecida como Rio/Bahia), Feira de Santana passou a operar como um grande centro de abastecimento para os viajantes e de manutenção dos veículos leves e pesados no transporte de pessoas e de mercadorias de uma região para outra que por aqui trafegavam. Contava ainda, com o transporte ferroviário ligando ao porto de Cachoeira, ao recôncavo Baiano e a capital do Estado. Consequentemente surgiram inúmeras oficinas e um forte comércio de autopeças, a maioria tendo a frente os migrantes nordestinos, contribuindo decisivamente para consolidar ainda mais Feira de Santana como um grande centro de abastecimento e de serviços, fazendo da cidade um ponto obrigatório dos caminhoneiros.

A construção da rodovia Rio/Bahia exigiu que o DNER- Departamento Nacional de Estrada de Rodagens montasse uma estrutura gigantesca em Feira de Santana, com investimentos federais significativos na construção de suas instalações administrativas e residências para abrigar seu corpo administrativo, ocupando quase toda a extensão da Avenida Rio de Janeiro. Rolou muito dinheiro na praça contribuindo decisivamente para manter o desenvolvimento da cidade e elevar o padrão socioeconômico da população. Vale acrescentar que os funcionários lotados no DNER, a eles eram legado o mesmo status que gozavam na cidade os funcionários do Banco do Brasil e da Souza Cruz, salários acima da média do que era praticado na praça.

Em seguida Feira de Santana viveu o período da industrialização com a implantação dos Polos Industriais da BR-324 e do Tomba, numa reviravolta sob o comando do ex-prefeito João Durval. Seguido pelo segmento de serviços o qual já era muito forte e, atualmente, caminha a passos largos.

Ao longo das últimas décadas Feira de Santana passou a ser uma cidade atrativa para implantação de novos negócios, registrando altos índices migratórios bem acima da média da grande maioria dos municípios brasileiros. A cidade passou a ser encarada como a "TERRA DAS OPORTUNIDADES". A grande maioria dos migrantes com ou sem famílias de baixo poder aquisitivo e de escolaridade, eram atraídos pela dinâmica da praça visando mudar ou melhorar de vida. A migração foi tão intensa que os feirenses natos começaram a sentir pouco a pouco influência dessa migração na vida socioeconômica da cidade. O setor educacional do município não conseguiu acompanhar o seu crescimento populacional.

"A EDUCAÇÃO É A ARMA MAIS PODEROSA QUE VOCÊ PODE USAR PARA MUDAR O MUNDO" (Nelson Mandela).

.Razão pela qual não enxergamos justificativa para que as autoridades responsáveis pela condução política/administrativa de Feira de Santana não venha dando a atenção necessária para o fortalecimento, desenvolvimento e evolução da rede educacional (público-privada) do município. "ESCANTEAR" o projeto visando a implantação do Campus da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e deixar "MOFAR" às margens da Br-116 sul um terreno doado pela sociedade local, através da família do empresário Hidelbrando Pinho visando a construção do referido "Campus", foi considerado pelos Conselheiros do PENSAR FEIRA e pela população mais sensata como uma falha das mais grosseiras cometida por um agente público contra uma cidade com a carência educacional como Feira de Santana. Feira não pode abrir mão da construção de uma simples sala de aula, muito menos deixar escorregar pelo ralo a oportunidade de abrigar um CAMPUS de uma UNIVERSIDADE FEDERAL.

Como se sabe, o projeto inicial para a construção do "CAMPUS da UFRB" em Feira de Santana contava com a participação do Município, Estado e União. Ao Município, caberia a doação do terreno; ao Estado, levar a infraestrutura ao local; e a União, a liberação de R$50 milhões para dar início às obras.

Na ocasião o Instituto "PENSAR FEIRA" dada à importância do projeto, agendou uma audiência com o ex-prefeito, Tarcisio Pimenta para saber a posição do governo municipal e a providência que o município tinha adotado visando o início das obras. Sua excelência foi rápido na resposta: "o município não dispõe de recursos para adquirir o terreno e doar para a Universidade". O "PENSAR FEIRA" ao não concordar com a decisão do ex-prefeito não se deu por vencido, deu início a uma campanha que mobilizou toda a cidade visando encontrar um doador do terreno junto à comunidade local, ao fazer ver a importância para as futuras gerações dos feirenses a implantação do Campus da UFRB.

A comunidade respondeu positivamente, surgiram vários doadores, entre eles: a família do pecuarista Noel Portugal, do ex-prefeito, João Durval, do saudoso pecuarista João Martins, dos empresários: Ângelo Sá e Osmar Torres, culminando com a doação do terreno feita pela família do empresário Hidelbrando Pinho, imóvel localizado às margens da BR-116 sul, uma excelente localização.

O fato é que a implantação do "Campus da UFRB" em Feira de Santana é um projeto político do PT – Partido dos Trabalhadores, o qual encontrou resistência por parte das últimas administrações políticas politica-administrativa do município, sob o comando do "CHEFE", José Ronaldo de Carvalho, ao qual estão subordinados os mais recentes governantes no comando do executivo feirense. José Ronaldo não deu à mínima e procurou desfazer ao máximo a importância do projeto do PT. "Mais uma vez os impasses da política/partidária influenciaram negativamente no processo evolutivo da cidade".

NOVOS TEMPOS

Pouco antes das eleições ocorrida no ano passado, acompanhamos o presidente do PENSAR FEIRA, Edison Piaggio, em uma entrevista que ele concedeu ao radialista Silvério Silva na rádio sociedade quando, de repente, surgiu o deputado federal José Neto que se juntou a nós. Na oportunidade perguntamos ao ilustre deputado: "qual o futuro para o terreno doado pela comunidade para construção do Campus da RFRB", fruto da campanha encabeçada pelo "PENSAR FEIRA'"? Sua excelência prontamente respondeu: "Se Lula ganhar as eleições garanto a construção do Campus da UFRB".

Entendemos que os ventos sopram favoráveis, Lula venceu as eleições e já deu declarações que vai priorizar as universidades. O governo estadual por sua vez permanece sob o comando do PT sob a tutela do professor Jerônimo Rodrigues, Ex-secretário de Educação do Estado. Razão pela qual tudo leva a crer e os conselheiros do PENSAR FEIRA, atentos, começam a sentir firmeza de que toda a mobilização da entidade visando o início das obras para a construção do "Campus da UFRB" está com os dias contados e caminha para um final feliz.

Para tanto, um plano de ação está sendo traçado pela diretoria executiva da entidade, no sentido de convocar o deputado José Neto para tratar de tão importante questão.

Atenciosamente,

Cironaldo Santos

Diretor/Editor

cironaldo1@hotmail.com Tel: (75) 9 9833-5060 

 

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Quarta, 01 Mai 2024

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